Preços da soja no mercado interno estão próximos dos patamares máximos do ano, mas produtor evita novas vendas

Nesta quinta-feira (26), o mercado da soja teve um encerramento estável na Bolsa de Chicago (CBOT). Como destaca Flávio França Júnior, chefe do setor de grãos da Datagro Consultoria, essa estabilidade é uma boa notícia, já que houve uma grande pressão por parte da realização dos lucros do trigo, que vem sofrendo perdas na safra de inverno.

O período atual também tem compras chinesas sendo tradicionalmente voltadas para o mercado sul-americano. Após o anúncio da taxação dos Estados Unidos, houve uma corrida por parte dos asiáticos por compras da safra 2018/19 norte-americana, antecipando-se a uma possível guerra comercial.

Como a guerra ainda está "no campo da promessa", sem a assinatura de nenhuma punição efetiva, o mercado se acalmou e a China voltou para o seu ritmo de compras normal. Contudo, percebe-se no mercado que as contas são ajustadas e que, mesmo que haja taxação, a China terá de comprar soja nos Estados Unidos em algum momento.

No Brasil, tanto a CBOT, quanto a cotação dos prêmios e o câmbio, este último impulsionado por fatores políticos, seguem com tendência positiva para 2018, trazendo o melhor preço da história no mercado interno. Contudo, não houve um grande interesse de venda por parte dos produtores nesta semana, sendo preciso um "valor a mais" para uma nova entrada.

França Jr. irá ministrar alguns cursos sobre o mercado de grãos, abordando também questões relativas à comercialização. Em maio, as cidades de Sorriso (MT), Londrina (PR) e Cascavel (PR) recebem o curso. Depois, ele parte para Rondonópolis (MT) e Passo Fundo (RS).

Para mais informações, acesse: www.francajunior.com.br