Doenças de final de ciclo ocasionam perdas nas lavouras de soja safrinha em Naranjal (PY)

Publicado em 03/04/2018 10:32
Confira entrevista com Cledison Conte - Engenheiro Agrônomo da Copronar
Clima favoreceu o aparecimento de doenças como ferrugem asiática, antracnose e mancha alvo nas plantações. Em algumas regiões, quebra é consolidada. Nesta safra, produtores reduziram em 50% área plantada com soja e investiram no milho. Perspectiva de preços melhores pesaram na decisão dos agricultores. Tonelada do cereal é cotada entre US$ 130 a US$ 150.

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Doenças de final de ciclo ocasionam perdas nas lavouras de soja safrinha em Naranjal (PY)

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As doenças de final de ciclo têm preocupado os produtores rurais em Naranjal, no Paraguai, e já ocasionam perdas nas lavouras de soja safrinha. Nesta temporada, o clima contribuiu para o aparecimento da ferrugem asiática, antracnose e a mancha alvo nas plantações. Inclusive, em alguns talhões, os prejuízos podem chegar a 30%.

No caso da ferrugem, o engenheiro agrônomo da Copronar, Cledison Conte, reforça que a doença foi identificada desde o período vegetativo. "E mesmo os produtores fazendo um bom manejo temos perdas. Também temos problemas com fungos de solo devido à tradição da monocultura. Contudo, ainda observamos lavouras com bom potencial produtivo", completa.

Além das doenças, os produtores também enfrentaram problemas com o clima ao longo do desenvolvimento da cultura. A falta de chuvas e as temperaturas mais altas, registradas em fevereiro, também podem afetar o rendimento das plantações. A perspectiva é que a colheita se inicie a partir do mês de maio na região.

Em anos com clima favorável, o rendimento médio da soja no período da safrinha gira em torno de 2 mil a 2,5 mil quilos por hectares. Embora a produtividade acima de 3 mil quilos por hectare seja alcançável na região.

Milho x Soja

Tradicionalmente, os produtores paraguaios investem na cultura da soja no período da safrinha. Porém, nesta temporada, a área cultivada com a oleaginosa em Naranjal registrou uma queda de 50%.

"Nesta safra, os agricultores investiram mais no milho, já que nas últimas safras temos tido mais problemas com as doenças nas lavouras de soja. Além disso, a perspectiva de melhores preços para o cereal estimularam os produtores", afirma Conte.

Atualmente, a tonelada de milho é cotada entre US$ 130 a US$ 150, valores entre 40% a 50% dos registrados no ano anterior. Já a saca da soja é negociada ao redor de US$ 21. Até o momento, as plantações de milho apresentam boas condições, mas os produtores seguem atentos à possibilidade de geadas.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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