Disputa pela soja remanescente no mercado interno já começou e no Centro-Oeste ágio pago pelas indústrias chega a 100 pontos

Publicado em 18/09/2017 17:27
Confira a entrevista com Ênio Fernandes - Consultor em Agronegócio
Início da colheita nos EUA pode pressionar o mercado da soja em Chicago, mas as mínimas de preços tendem a ser rápidas

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Disputa pela soja remanescente no mercado interno já começou e no Centro-Oeste ágio pago pelas indústrias chega a 100 pontos

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Nesta segunda-feira (18), o dia para o mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou próximo da estabilidade, com pequenas perdas nos principais vencimentos. Ao longo da sessão, houveram também alguns momentos do lado positivo.

Ênio Fernandes, consultor de agronegócio, destaca que a visão sobre o mercado deve ser mais otimista. O relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) foi bastante baixista para o mercado. Porém, logo após, o mercado começou a trabalhar do lado altista, precificando uma demanda bastante forte.

Com isso, o mercado vai questionando esses dados de produtividade do USDA, enquanto a resposta verdadeira virá após a colheita. Os primeiros resultados de área vão impactar as cotações a partir do que as colheitadeiras irão mostrar. No momento da colheita, também é natural que os preços cedam um pouco, como lembra Fernandes, a não ser que as produtividades médias estejam muito abaixo do que foi projetado pelo USDA.

O clima na América do Sul também deve ser o próximo fator a chegar no mercado, além do clima na colheita norte-americana. Caso as condições indiquem estados de risco para as lavouras, o cenário das cotações pode mudar.

No Brasil, parte dos produtores já travaram a safra de 2017/18. Contudo, ele diz que não seria precipitado em realizar uma operação de hedge neste momento.

Na safra velha, depende muito de quanta soja o produtor tem na mão. Se houver ainda uma grande porcentagem de soja, como na região Sul do Brasil, os produtores devem tomar cuidado para não juntar as duas safras. No Centro-Oeste, os produtores estão um pouco mais tranquilos.

Fernandes acredita que, para a próxima safra, é necessário não abrir mão da produtividade. Uma produtividade alta em melhores momentos de preços resulta em melhores margens. Em tempos de preço ruim, resulta em menos prejuízo.

Há uma oferta muito grande, mas a demanda também caminha de maneira forte. Se os produtores venderem paulatinamente, estes podem construir bons preços. Porém, um fator preocupante é o comportamento do dólar em relação ao real.

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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