Retração vendedora aliada a uma demanda forte na soja promovem reação dos preços em Chicago
Nesta quinta-feira (17), o mercado da soja teve uma movimentação positiva na Bolsa de Chicago (CBOT). Embora não expressivas, as altas foram de 7 a 8 pontos nos principais vencimentos.
Este não é, entretanto, um movimento de reversão de tendência, como destaca Ênio Fernandes, consultor em agronegócio. Desde a produtividade inesperada divulgada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no dia 10, o mercado apresentou quedas, mas andou de lado e agora recuperou, não apostando todas as fichas nas previsões divulgadas.
Fernandes salienta também a importância de as origens estarem cada vez mais informadas, de olho nas consultorias, saindo da ponta vendedora quando o mercado entra em queda. Do outro lado, os compradores procuram pelo produto.
Ele lembra que há, além de uma "fantástica oferta", uma enorme demanda em jogo. O mercado está sustentado e pode não ter disponibilidade da oferta imediata, justamente pelo movimento das origens de aproveitarem as altas e evitarem as baixas.
O clima ainda influencia nos números da CBOT, mas com menos intensidade do que há 15 dias. A safra norte-americana está bem encaminhada, mas ainda não está definida.
No Brasil, há o mercado da safra velha, que ainda não foi totalmente comercializada, mas os negócios para a safra nova recém começaram. Para quem possui safra velha na mão, principalmente no Rio Grande do Sul, onde a oferta é maior do que no restante do país, o consultor recomenda ficar atento às movimentações do dólar e do prêmio.
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