Comportamento dos fungicidas no controle da ferrugem da soja na última safra e o que precisa mudar para os próximos plantios

Publicado em 19/07/2017 14:32
Produtores devem ficar atentos a adoção de diferentes ferramentas e manejos para manter a ferrugem asiática sob controle

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Sérgio Zambon, gerente de desenvolvimento de produtos da BASF, relembra o caso de que, na última safra, algumas áreas apresentaram resistência às carboxamidas para a ferrugem na soja, em especial, na região Sul.

Isso aconteceu porque a ferrugem apareceu com intensidade devido ao regime de chuvas e, muitas vezes, o agricultor não conseguiu realizar o contato necessário no momento correto, entrando de uma forma corretiva, o que não é recomendado, o que fez com que a evolução do fungo fosse mais forte, como avalia o gerente.

Existem diferenças dentro do grupo das carboxamidas, destaca Zambon. A sensibilidade do fungo foi interrompida por uma das carboxamidas, o que é comprovado pelos resultados do Consórcio Antiferrugem. No caso das carboxamidas que a BASF trabalha, não houve perda de sensibilidade.

De qualquer forma, os produtores precisam ficar atentos às medidas de prevenção dessa resistência, realizando um manejo completo e não utilizando apenas um fungicida específico. Plantios antecipados, aplicações em intervalos reduzidos, adição de produtos multissítios, rotação de grupos químicos, vazio sanitário e utilização de cultivares resistentes são algumas das medidas a serem tomadas.

Ele diz que "é questão de tempo" para que a resistência vá para outras regiões. "Mesmo fazendo o manejo correto, vem. Imagina então fazendo o manejo errado?", salienta Zambon.

Os fungicidas protetores ficam em cima da folha das plantas. Diferentemente dos protetores, as morfolinas, que podem ser aplicadas em qualquer momento da planta, mas no momento de colonização do fungo, penetram na folha de forma sistêmica e atuando sobre o fungo na fase de colonização, o que pode oferecer um resultado melhor. Entretanto, estes dois fungicidas "são parceiros, e não concorrentes".

O posicionamento da BASF é de realizar uma primeira aplicação com Orkestra, associado a um multissítio e uma segunda aplicação com um ativo, também associado a um multissítio. Se houver a necessidade de uma terceira ou quarta aplicação,
Versatilis associado à aplicação das estrobilurinas combinadas com os triazois.

"Mas não existe uma receita de bolo. O produtor tem que ir acompanhando a sua área, acompanhando sua região e acompanhando o clima", diz o gerente.

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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