Soja recua em Chicago e segue tendência de outras commodities, inclusive petróleo, que fechou no menor nível em 10 meses
O mercado da soja finalizou o dia em quedas em torno de 10 pontos nos principais vencimentos na Bolsa de Chicago (CBOT). O primeiro vencimento já se mostra abaixo dos US$9,20/bushel.
De acordo com Adriano Gomes, analista de mercado da AgRural, essa semana vem com as cotações bem pressionadas em Chicago. Ele diz que não tem como não falar em "financeirização" do mercado, que é muito além da oferta e da demanda - embora esses fatores sejam importantes.
Para ele, os últimos dois dias apresentaram quedas muito expressivas em outras commodities também, como o petróleo, o café e o açúcar. Por outro lado, o dólar se valorizou frente ao real.
Gomes aponta que, na primeira quinzena de junho, houve um rally devido ao clima na safra norte-americana, que recebeu uma primavera irregular. Entretanto, esse rally foi pequeno, considerando que a soja ainda não está em período crítico.
A recomendação do analista é de aproveitar os momentos de alta para colocar a safra no mercado. O clima deve voltar a influenciar mais fortemente o mercado quando a soja entrar em fase reprodutiva.
No Brasil, mesmo com os produtores ainda reticentes a vender, os volumes negociados se mostram maiores do que no ano passado, tendo em vista que a última safra foi recorde. A valorização do dólar frente ao real também tem ajudado nessa comercialização.
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