Excesso de chuvas ocasiona perdas na soja safrinha no Paraguai
O produtor rural Márcio Mattei, de Santa Rosa Del Monday, no Paraguai, conta que as chuvas frequentes na região já consolida algumas perdas para a soja safrinha.
As colheitas atrasaram a safra normal e, agora, esses cultivos, que foram plantados mais tarde, pegaram a época de chuvas. Há lavouras comprometidas, lavouras que irão acumular perdas e lavouras em que, ainda, os produtores não conseguem acessar o campo.
Se for considerado o custo de produção para a safrinha, muitos produtores irão ficar com margens apertadas. Há soja brotando nos campos, depois de estarem prontas para serem colhidas. Algumas lavouras chegaram a perdas de 100% da produção total. Mattei acredita que não foi produzida nem 50% da soja safrinha esperada para este ano.
A cultura, fora da janela de plantio, não possui seguro - portanto, este prejuízo fica na mão dos produtores. Se aguardava uma produtividade em torno de 2500kg por hectare e, grande parte, seria destinada para a produção de sementes. Assim, o cenário de sementes também se encontra bem complicado.
A produção de milho safrinha, por sua vez, também sofreu com a colheita tardia da soja da safra principal. As áreas de milho, comparadas com o ano passado, foram maiores, mas um temporal pegou áreas grandes, principalmente na região sul de Santa Rosa, gerando perdas expressivas para os produtores. Contudo, este milho foi plantado já se considerando os riscos.
A janela de plantio ideal para o trigo é em 15 de junho. Com estas safras danificadas e atrasadas, o trigo será uma cultura que irá "mostrar muitas surpresas daqui para a frente também", como detalha o produtor.
Desta forma, os produtores vem se comportando de uma forma cautelar. Os compromissos foram feitos e, agora, alguns procuram uma forma de recorrer e recompor suas lavouras para uma próxima safra. Além disso, fatores políticos também trazem insegurança para o campo.
Confira imagens enviadas pelo produtor rural:
Lavouras de soja
Lavouras de milho
2 comentários
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Oscar Heriberto Carballo Morinigo Colonia Panambi - Raul A. Oviedo
Vazio sanitário é importante para a sustentabilidade da soja. No Paraguai há vazio sanitário, mas é projetado para permitir o plantio de soja em soja ou soja Safrina, este é de 1 de junho a 30 de agosto. Aqui a pressão dos produtores de soja e empresas químicas e de fertilizantes, sobre as entidades reguladoras, para permitir que este sistema de cultura, pensando apenas rentabilidade a curto prazo, ignorando as consequências negativas a longo prazo dessa prática.
Parabéns aos intituciones brasileiras, tomando medidas adequadas para preservar a commoditie soja. Ing. Agr. Oscar CarballoQuer levar as instituições aí de graça para vocês??? Pode pegar...
Logicamente sei da corrupção no Brasil, é uma realidade de diferentes países. Estima-se ter no Paraguay 600.000 hectares de soja Safrina (corresponde a 20% da superfície de soja safra), e uma estimativa de produção 1.000.000 kg de soja. A média de Rendimento esperado e de 1600 kg / ha. Para cobrir os custos de produção é necessária uma média de 1.800 kg / ha. E com este problema climático pode fazer reduzir a produção. con este problema climático, haverá parcelas que nao seram colhidas. Dos productores, a maioria vai estar pagando apenas o custo, outros perderam, e alguns poucos ganharam. No Global, economicamente muitos produtores vai perder, muitas empresas também, e no problema sanitario, vamos todos perder no Paraguai, por fonte de inoculo de doenças, e multiplicaçao de pragas. Se nao tivese soja safrnha, evitariamos tode eses problemas.
Discordo deste ponto de vista, Sr. Oscar... Veja só... Primeiro que vazio sanitário não resolve chuva na colheita em época que tradicionalmente é seca... Segundo, se a soja safrinha não é viável economicamente, porque os agricultores do PY plantam tanto??? Nada como a liberdade para ajustar oferta e demanda... E essa história de vazio sanitário longo na região do PY, que em condições climáticas se compara ao PR, é ineficiente... A ferrugem não se desenvolve no frio, entre maio e novembro temos um vazio sanitário natural para a ferrugem... O PY acertou colocando 90 dias de vazio sanitário, o triplo do tempo suficiente para eliminar os inóculos da ferrugem... Só que ela não desaparece, ela não acaba... Aumente o tempo do vazio sanitário e ela vai continuar aparecendo, e em anos de verões quentes será rigorosa, em anos de verões menos quentes será branda, com ou sem vazio sanitário... Pode apostar... Onde ela sobrevive neste período é uma incógnita, mas ao invés das instituições, que você tanto defente, procurarem a solução técnica, eles acharam uma maneira de ganhar um dim dim extra, criando regras que atendem a grupos de interesses específicos, para o produtor rural pagar a conta... Mantenha seu PY livre das instituições que tanto sangram a economia do Brasil sil sil ... Quanto mais Estado menos liberdade...
Nos países muito frios, enterram a videira para salva-la, então eu acho que a ferrugem sobrevive nos restos de cultura enterrados.---Sera'?
Não, Carlo... Provavelmente sobrevive na vegetação nativa em infecções que iniciam no período quente e se alongam inverno adentro, servindo de fonte de inóculo quando as temperaturas aumentam novamente, em dezembro...
Obrigado pelo esclarecimento---Fernando
nilo otavio baqueta Mamborê - PR
O que adianta aqui no Paraná fazerem o tal do vazio sanitário, palhaçada com os produtores, bem mais aqui no Brasil isso ja é normal