Alta de mais de 10 pontos para soja em Chicago e dólar próximo dos R$3,30 promovem nova onda de vendas no Brasil

Nesta terça-feira (7), o mercado da soja na Bolsa de Chicago encerrou com leves altas nos principais vencimentos. Entretanto, as cotações ficaram bem abaixo das máximas registradas durante a sessão.

De acordo com Vlamir Brandalizze, analista de mercado da Brandalizze Consulting, o mercado subiu mais do que o esperado e começou a ver que poderia realizar lucros no pregão de hoje. Amanhã, este mercado deverá estar mais pressionado para cima também.

As expectativas sobre o relatório de Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a ser divulgado na sexta-feira, são de recorde histórico na demanda, puxado pelos volumes de negócios e embarques maiores do que as estimativas.

O relatório de junho, para Brandalizze, embora o USDA seja conservador, deve ser bem pressionado pelo mercado. Assim, não tem como o órgão manter os números do mês passado. Essa alteração poderia provocar uma mudança nas posições na CBOT.

Os produtores brasileiros aproveitaram a alta de ontem e realizaram muitos negócios no Brasil. O dólar trabalha na linha dos R$3,28 a R$3,30, dando outro patamar para os preços no mercado interno. Assim, foram quase 300 mil toneladas negociadas, em torno de R$69 até R$70,50.

Para Brandalizze, os produtores observam o mercado e negociam à medida em que os preços se mostrem favoráveis, uma estratégia acertada frente a grande oferta mundial.

O fator clima, para a safra norte-americana, deve ser muito importante até o final de junho. Os produtores que esperam uma possível alta na CBOT acima dos US$10/bushel devem ficar de olho nesse fator, que seria o único fator possível para que essa alta ocorra.