Plantio da soja deve ser concluído antes do fim da janela ideal nos EUA. Qualquer problema climático pode potencializar perdas

Publicado em 05/06/2017 17:07
Confira a entrevista com Ginaldo de Sousa - Diretor da Labhoro Corretora
Mapas climáticos nos EUA estão divergentes e precisam ser acompanhados com atenção. Com avanço do plantio e possível finalização dos trabalhos antes do fim da janela ideal, a tendência de maior concentração da produção pode potencializar perdas com possíveis problemas climáticos

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Ginaldo de Sousa - Diretor da Labhoro Corretora

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O mercado da soja encerra esta segunda-feira (5) com leves altas nos principais vencimentos na Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com Ginaldo de Sousa, da Labhoro Corretora, os fundos compraram pouco e devolveram grande parte disso no final. Há uma grande incerteza climática pela frente. O plantio de milho está quase concluído e a soja deve ter cerca de 80% da área plantada, o que significa que deve haver uma conclusão da safra da soja antes da janela ideal de plantio.

Hoje, não havia motivos para o mercado da soja subir, como aponta Sousa. As condições de lavoura, de acordo com informações dos norte-americanos, devem melhorar para os próximos relatórios.

Os modelos climáticos divergem bastante e os próprios analistas e climatologistas apontam que esses modelos não são confiáveis. Se não chover, um grande volume de soja será plantado, mas as chuvas vão precisar voltar. Sousa não vê mais a mudança de uma área de milho para a soja e acrescenta que os norte-americanos não podem correr o risco de faltar chuvas mais para a frente.

Fundos de investimentos que estão vendidos começam a ficar impacientes com essas questões climáticas, podendo começar a comprar a qualquer momento. Se as chuvas vierem na semana que vem, os fundos que já estão vendidos vão vender um pouco mais.

A demanda pela soja norte-americana continua bastante forte e firme. A semana já começa com anúncios de vendas de mais de 100 mil toneladas reportadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O USDA pode até aumentar o número de exportações previstos, mas isso não quer dizer que os estoques irão diminuir nos Estados Unidos, em decorrência da nova safra.

Olhando para o Brasil, o movimento positivo em Chicago e no dólar, que chega próximo dos R$3,30, deu oportunidade para alguns negócios no mercado interno. Os preços nos portos chegaram na casa dos R$70.

Contudo, os negócios foram poucos, com produtores continuando relativamente sem vender. A alta do dólar é antecipada pela decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidindo pela cassação ou não da cassação da chapa Dilma-Temer nesta terça-feira (5). Além disso, a questão da redução dos impostos nos Estados Unidos também deve entrar no radar.

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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