Soja em Chicago tenta se segurar, mas para reverter tendência de baixa, primeiro vencimento tem que subir pelo menos mais 20 pts
O analista de mercado Miguel Biegai, da OTCex Group, aponta que o pregão noturno da Bolsa de Chicago (CBOT) trouxe uma alta para o mercado da soja, se aproximando de uma linha de correção técnica de US$9,295/bushel, um objetivo a ser alcançado nos próximos dias.
Entretanto, se o mercado alcançar esses patamares, isso não significa uma mudança de tendência - apenas uma correção da queda. Ele destaca que a tendência do momento ainda é baixista.
Biegai demonstra que o contrato julho/17 iniciou um movimento de queda no dia 22 de maio, quando o mercado estava a US$9,60/bushel. Após isso, cinco dias seguidos de queda foram interrompidos apenas quando o mercado bateu os US$9,10/bushel. A correção deste movimento é até o patamar de US$9,29/bushel. Ou seja: neste momento, há apenas um ajuste da queda de 50 pontos.
Para mudar essa tendência, o mercado precisa de novidades de cunho fundamental, como chuvas ou falta de chuvas nos Estados Unidos, valorização do real frente ao dólar ou uma maior fluidez das exportações americanas, com alteração no quadro de oferta e demanda no próximo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
A demanda pela soja norte-americana vem se mostrando surpreendente para esta época do ano, na qual, normalmente, o mercado estaria voltado para a América do Sul. Essa demanda forte pode ser entendida pela retração dos produtores sul-americanos e por uma oferta maior nos Estados Unidos.
Segundo o analista, o USDA aguarda possíveis cancelamentos para corrigir o número de exportações no seu relatório mensal. "O USDA não gosta de surpreender o mercado com uma informação nova, de cunho bastante altista", diz.
No Brasil, os negócios começam mais calmos nesta semana. O dólar sobe em relação ao real, chegando próximo dos R$3,28, fator que segura um pouco a soja nos Estados Unidos, como observa Biegai.
Os negócios giram em torno dos R$70, mas os compradores desejam pagar um pouco menos. Assim, os negócios se tornam um pouco mais difíceis, mas o dólar "tem um potencial explosivo sobre os preços da soja".
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