Aumento de plantio de soja na China faz mercado chinês recuar 3% e respinga em negócios na bolsa de Chicago

Publicado em 18/04/2017 17:12
Confira a entrevista com Eduardo Vanin - Analista de Mercado
Soja em Chicago perde os US$9,50/bushel mas tem pouco espaço para quedas significativas enquanto safra americana continuar indefinida

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Eduardo Vanin - Analista de Mercado

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O mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) apresentou mais um dia de queda nos principais vencimentos, com o vencimento maio/17 encerrando o dia na casa dos US$9,46/bushel.

De acordo com Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest, a soja já entrou em sazonalidade e Chicago passa a refletir a questão do plantio nos Estados Unidos, que ainda não se iniciou. Entretanto, o milho está sendo plantado em terras norte-americanas, com um atraso provocado pelo excesso de umidade e chuvas acima do normal.

O mercado noturno veio também com uma pressão de queda, principalmente por parte da China, que teve cotações da soja em queda em função da expectativa de uma maior área plantada da oleaginosa, consequência da previsão de um plantio de milho 4% menor. Por outro lado, a China também não deve parar de importar, sendo que essa soja plantada é convencional e atende um mercado específico no país asiático.

Em termos de comportamento de preços, o mercado deve aguardar para ponderar os riscos da safra americana. Se os Estados Unidos plantar na época correta, haverá um bom volume de água no solo, confirmando a tendência de essa temporada começar com menos riscos do que nos outros anos. O atraso do milho também pode acabar influenciando em uma transferência dessa área para a soja ou no abandono dessas unidades, mas isso só será confirmado a partir do dia 5 de maio, quando encerra a janela ideal de plantio no país.

Entretanto, há dois momentos que podem gerar oportunidades de venda para o produtor: as oscilações em função do mercado climático norte-americano e o crescimento da demanda, que deve ser de 18 milhões de toneladas para a safra nova. Neste último fator, como não deve haver aumento de área na América do Sul, os estoques poderiam recuar em relação aos números atuais.

O atraso na comercialização do Brasil também está abaixo em relação ao ano passado em termos percentuais e absolutos. Esse fator, se continuar em lentidão, pode levar o Brasil a competir diretamente com os Estados Unidos no segundo semestre. Hoje, a soja brasileira está mais barata, mas seria preciso um aumento em torno de 6 a 7 reais nos preços para começar a gerar interesse de venda, considerando as regiões que cobram armazenagem, segundo Vanin.

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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