Ausência de vendedores americanos, queda do dólar e clima na América do Sul puxam alta da soja em Chicago

Publicado em 04/01/2017 17:06
Confira a entrevista de Jack Scoville - Analista da Price Futures Group
Alvo para estimular vendas de soja entre os produtores americanos está entre US$ 10,25 e US$10,50

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Queda do dólar e clima na América do Sul puxam alta da soja em Chicago

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Nesta quarta-feira (4), o dia foi positivo para o mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT), com altas de 18 a 19 pontos nos principais vencimentos.

De acordo com o analista Jack Scoville, da Price Futures Group, o ano começou com fundos bastante comprados, além de uma retenção de vendas por parte dos produtores americanos, que preferem segurar seu produto no momento. Além disso, um dólar em baixa e o fator climático na América do Sul também são alguns fundamentos que influenciam as cotações.

Scoville conta que os produtores americanos já venderam boa parte de suas produções e que, agora, aguardam os próximos movimentos do mercado para vender, no caso da soja. Já para o milho, os preços praticados não cobrem os custos de produção, o que torna a venda pouco atraente. Para os produtores de soja, o patamar de US$10,25/bushel a US$10,50/bushel seria o mais interessante no momento.

A queda do dólar, por sua vez, vem em um momento pré-posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, refletindo um sentimento de medo por parte do mercado, além de uma possível sobrecompra em relação à moeda.

Enquanto a questão climática na América do Sul ainda é especulação para o mercado, a situação começa a preocupar. No Brasil, a região mais preocupante é o Matopiba, que não recebe chuvas - no entanto, as previsões indicam chuvas para a próxima semana e, por enquanto, não há perdas confirmadas. A Argentina, por sua vez, sofre com problemas mais críticos em sua zona núcleo produtora, ocasionado, ao mesmo tempo, por seca e inundações.

Para Scoville, a tendência é que o mercado se permaneça estável a curto prazo, com preços não devendo alcançar novas máximas e nem sofrer novas quedas. Apenas uma novidade no mercado poderia trazer uma grande mudança para os preços.

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Notícias Agrícolas

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