Com 50 dias de estiagem, produtores de Ipiranga do Norte (MT) colhem 10 sacas de soja por hectare

Publicado em 04/03/2016 10:51
Projeção inicial era de 60 sacas de soja por hectare. Contratos feitos antecipadamente também deixam os produtores apreensivos. Empresas cobram a entrega do produto ou reajuste dos valores fixados. Já foi decretado estado de emergência na cidade. No milho, plantio é feito fora da janela ideal.

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Com 50 dias de estiagem, produtores de Ipiranga do Norte (MT) colhem 10 sacas de soja por hectare

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Em meio à falta de chuvas, a produtividade média da soja da safra 2015/165 gira em torno de 10 sacas por hectare em Ipiranga do Norte (MT). O número está bem abaixo da projeção dos produtores e da média das últimas temporadas, de 55 sacas a 60 sacas do grão por hectare. Desde o início da semeadura, os agricultores sofreram com a estiagem que, em algumas localidades chegou há 50 dias. Até o momento, pouco mais de 70% da área semeada foi colhida.

O produtor rural do município, Rodrigo Noro, ressalta que, em média, a região recebe 2.700 mm de chuvas. “E nessa época já temos um acumulado entre 1.800 mm a 2.000 mm, mas hoje temos pouco mais de 450 mm na nossa região. E esse tempo seco afetou a soja no momento da granação, por isso, temos essa queda no rendimento das plantações”, afirma. Diante desse cenário, a prefeitura já decretou estado de emergência na cidade.

Paralelamente, os agricultores seguem apreensivos em relação aos contratos feitos anteriormente o grão. “As empresas estão pressionando os agricultores, querem receber o grão ou irão executar os contratos. Ainda há casos de empresas que irão entrar com processo judicial contra os produtores”, destaca Noro.

E, por enquanto, os produtores seguem apreensivos com a situação, pois não há nenhuma sinalização de solução ao impasse. “Estamos com os laudos realizados pelos técnicos, mas temos que esperar. E grande parte dos agricultores não tem seguro das áreas afetadas”, completa.

Milho

No cereal, os produtores seguem com o plantio, apesar de fora da janela ideal. “A esperança é que chova e contribua com o desenvolvimento da cultura. Já tivemos negócios a R$ 20,00 a saca, mas o mercado está parado nesse momento, com valor próximo de R$ 17,50 a saca, valor que ainda cobre o custo de produção e sobra uma pequena margem”, finaliza Noro.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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