Em Ipiranga do Norte (MT), cerca de 33% das lavouras de soja apresentam condições ruins
Devido à falta de chuvas, na região de Ipiranga do Norte (MT) cerca de 33% das lavouras de soja estão em condições ruins ou péssimas. Com a falta de água aliada a altas temperaturas, as plantas não se desenvolvem bem, e já apresentam redução no potencial produtivo.
O presidente do sindicato rural Valcir Batista Gheno, conta que muitos produtores fizeram mais de um replantio e, ainda assim, as lavouras não desenvolvem bem. Além disso, sem previsões de chuvas para a região nos próximos dias, e fora da janela ideal, os agricultores estão sem perspectivas de um período para realizar a ressemeadura.
"O produtor teria que fazer um novo plantio ou destruir essa cultura e esperar para semear o milho no inicio do próximo ano. Então realmente o produtor está em um momento de decisão muito difícil", explica Gheno.
De acordo com o levantamento semanal do sindicato, o percentual de lavouras em condições ruins cresce significativamente. Nos últimos sete dias, cerca de 33% da área total do estado foram consideradas ruins ou péssimas, 41% regulares e apenas 24% em bom estado.
Diante dessa realidade, que se estende por todo o Estado, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgou nesta terça-feira (15) a estimativa que prevê uma redução na produtividade das lavouras de soja. Com 50,8 sacas por hectare esse pode ser o menor desde a temporada 2012/13, refletindo em uma produção com 1 milhão de toneladas a menos na safra 2015/16. Em Ipiranga do Norte, a produtividade deve ficar abaixo da média para o município, entre 52 scs até 57 scs/ha.
Com isso, muitos produtores do Norte de Mato Grosso já começaram acionar o seguro rural devido à quebra da safra de soja, obrigados pelo fraco desempenho das chuvas que incidiu diretamente na produção e qualidade do grão.
"No município (Ipiranga do Norte) aproximadamente 60% da soja foi negociada antecipadamente, e certamente os produtores terão que entrar em contato com as traders para conseguir fazer um acordo", explica Gheno revelando a preocupação dos produtores em cumprir os contratos futuros com a soja.
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Telmo Heinen Formosa - GO
Na década de 1980, aqui na região do DF e Entorno, tivemos veranicos de 52 e de 59 dias, proporcionando colheitas de 4 a 5 ou 8 sc/ha. Eu mesmo "pendurei as chuteiras" quando na safra 1994/95 fiz uma média de 9 sc/ha e no ano seguinte em 1995/96 fiz uma média de 13 sc/ha. Era epoca de dólar abaixo de R$ 1,00. Cultivo foi convencional pois a área (300 ha) não tinha sido "gessada" ainda e a fertilidade deixava a desejar.
Em 1995 não choveu para mim entre 13 de FEV e 02 de abril; No ano seguinte parou dia 12 de janeiro e choveu novamente em 26 de fevereiro. Depois dos anos 2000 tivemos veranicos menores e por causa do plantio direto a produtividade foi maior porém ainda no ano passado, em algumas áreas novas (Municipio de Vila Boa e outros) a colheita não passou de 6 sc/ha. O cenário se apresenta pior quanto mais para o Leste estiver a lavoura, por exemplo lado direito da BR-020 na Bahia e a leste de Formoso, Buritis, Unai, Paracatu em MG. Mais uma seleção "natural" de agricultores está em curso...