Soja: Em Carazinho (RS), colheita chega a 90% da área cultivada e safra registra quebra de 10%
Na região de Carazinho (RS), a colheita da soja já atinge 90% da área cultivada nesta safra. E frente aos problemas em relação aos veranicos, observados em novembro e também no mês de março, a perspectiva é de uma quebra ao redor de 10% na produção da localidade.
Além disso, outro fator que também contribuiu para a formação do cenário foi o aparecimento da ferrugem asiática nas plantações da oleaginosa. Ao contrário de anos anteriores, a doença apareceu com mais agressividade nesta temporada, ocasionando danos à cultura da soja.
“As lagartas forma controladas, já a ferrugem, apesar dos gastos, nem sempre conseguimos controlar a doença. Isso porque, tivemos problemas em relação à eficiência dos produtos e, teremos que avaliar novas práticas para a próxima safra”, destaca o vice-presidente do Sindicato Rural do município, Paulo Vargas.
Por enquanto, a produtividade média das lavouras de soja gira em torno de 60 sacas por hectare, em Carazinho. Já no estado, a média poderá ficar pouco abaixo frente a outras safras em decorrência do clima seco nesse momento, especialmente na região de fronteira.
Em relação aos preços da saca da soja, o vice-presidente sinaliza que, com a recente disparada do dólar, os valores subiram. “No início da safra, tivemos um valor ao redor de R$ 55,00 a saca da soja, com a valorização da moeda norte-americana, o preço chegou a R$ 65,00, mas recuou para R$ 63,00/saca. Ainda assim, os produtores conseguiram aproveitar os preços e, em torno de 50% da safra já foi comercializada”, afirma.
Porém, apesar da melhora nos preços, a forte alta do câmbio já é uma preocupação para a próxima safra. Somente os fertilizantes já registraram alta de 20%. “Os agricultores terão que recalcular todos os custos para a próxima temporada”, completa Vargas.
Trigo
Para o cereal, a perspectiva é de uma redução na área cultivada na safra de inverno em todo o estado gaúcho. Cenário decorrente da forte quebra observada na produção no ano anterior, o que deixou o produtor endividado, conforme acredita o vice-presidente.
“O produtor está receoso em relação às culturas de inverno. Os custos estão mais altos e não há seguro agrícola que banque os custos. Tivemos um aumento nos custos com os fertilizantes e químicos, sem contar o diesel e a mão-de-obra. Continuamos com a mesma conversa, não existe uma política para o trigo brasileiro. O agricultor que investir na cultura e não tiver uma alta produtividade terá grandes problemas”, finaliza Vargas.
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