Colheita da soja e plantio do milho safrinha já concluídos em Toledo/PR; na região, porém, produtores têm dificuldade na tomada de crédito
A colheita de soja na região de Toledo (PR), já está quase em sua fase final. O plantio aconteceu dentro da janela ideal, com clima regular propiciando boa produtividade.
Porém, o presidente do sindicato rural Nelson Paludo, conta que algumas lavouras foram plantadas antecipadamente e essas plantações tiveram baixa produtividade. Na média o município alcançou 60 sacas por hectare.
O preço na região está na casa dos R$ 60,00 a R$ 61,00 a saca de 60kg, preços que remuneram o produtor. Com isso, as comercializações acontecem de forma regular, haja vista que muitos deles já começam a utilizar desta renda para custear as despesas desta e da próxima safra.
"Ainda tem boa parte para ser vendido, porque alguns produtores ficam com receio do que pode acontecer. Mas a parte dos insumos, principalmente, o produtor já vendeu e pagou suas contas”, explica Paludo.
Milho Safrinha
Paludo conta que os produtores da região não tinham intenção de investir na cultura do milho segunda safra, porém antes do inicio do plantio, foram ofertados insumos através de relação de troca com o milho, motivando os agricultores a realizar a safra.
"Foi contratado milho a R$ 23,30 saca para fazer o plantio e isso compensou a dúvida que o produtor tinha. Com isso, aumento a área na região que no ano passado era de 58 mil hectares e nesse ano foi para 62 mil hectares", ressalta.
Além disso, o cultivo foi realizado no mês de janeiro, com boas condições climáticas, porém Nelson alerta que a região precisa ainda de mais 2 momentos de chuva para completar o ciclo do milho, e a estiagem que acontece nas últimas semanas, já preocupa os produtores.
Crédito Rural
O município de Toledo (PR), também registra problemas com a falta de liberação no crédito rural. Segundo o presidente, a principal reclamação dos produtores é quanto ao pré custeio "que nessa época já compravam seus adubos e os insumos principais para a próxima safra. E os caminhões que levaram a soja estariam voltando com os insumos, mas o produtor não está comprando", explica.
Ainda assim, Paludo considera que os planos agrícolas deveriam se estender por mais de 1 ano, para não comprometer a programação do produtor rural.
"Quando vamos comprar, já é definida uma data de pagamento, e se esse financiamento não é liberado a tempo, já começar a ter juros, multas que comprometem a renda do produtor. Por isso muito não estão fazendo por não tem segurança sobre o dia que será liberado", conclui.
1 comentário
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Edson Maximo Apucarana - PR
As entidades representativas do setor deveriam sugerir aos órgãos de Governo responsáveis pela formatação da política agrícola e pecuária, que o Plano Agrícola e Pecuário seja alterado a fim de atender às necessidades dos produtores rurais da forma como os negócios acontecem na prática..., ou seja, priorizar o financiamento das safras de verão no primeiro semestre, especificamente para a aquisição antecipada de insumos; e da safra de inverno ou safrinha, no segundo semestre. Solicitar também que o percentual de recursos obrigatórios para o crédito rural seja elevado dos atuais 34%.
Edson Maximo Gerente Regional de Crédito Rural da SICOOB Aliança - Apucarana/PR.Eu acho que o problema que temos é justamente a "obrigatoriedade", tudo que é obrigado normalmente não é muito bom.
Falta liberdade, o governo se mete demais, cria dificuldades para depois vender "facilidades"... Com isso se cria burocracia e custos altos.
E o Levy quer agora que os contratantes de mão de obra terceirizada recolham impostos para o governo. Já imaginaram na quantidade de notas frias que vão circular por ai se isso passar pelo congresso? E dá-lhe fiscais, e dá-lhe acusações aos "criminosos sonegadores". Dilma devia entregar o comando do País aos fiscais da receita, pois a solução dos problemas do País sempre passa por eles.
Fico pensando aqui nos parlamentares da FPA, apoiando as "medidas" do governo, e lembro de "empresários" como o Blairo Maggi, que diz que não vai investir em nenhum projeto por que o governo não tem dinheiro para emprestar, e na ministra Kátia Abreu, apoiadora do projeto petista de poder, penso na falta de vergonha na cara dessa gente que quer ser elite empresarial, mas que só sobrevive da exploração da miséria alheia. É isso ai, taxar a mão de obra terceirizada, prejudicando a maioria dos brasileiros, para que os empresários tenham dinheiro para tocar seus projetos politicos e economicos.