Mobilização em repúdio à prisão de produtores em MS traz de volta discussões sobre as invasões e demarcações de terras indígenas

Publicado em 04/10/2017 12:30
Produtores envolvidos no confronto com indígenas em Caarapó-MS voltaram a ser presos na semana passada após nova decisão do STF. O conflito resultou na morte de um indígena após reação dos produtores para evitar invasão de uma fazenda

Em junho de 2016, um confronto entre indígenas e produtores rurais na Fazenda Yvu, em Caarapó (MS) resultou na morte de um indígena e na prisão de cinco produtores, que foram presos e, depois, soltos para responder ao processo em liberdade.

Agora, na última quinta-feira (28), estes produtores voltaram a ser presos sem que houvesse a ocorrência de nenhum fato novo em torno dessa questão, como destaca Antônio Humberto Maran, presidente do Sindicato Rural de Caarapó (MS), que qualifica a nova ordem como "estranha".

Ele lembra que logo após o conflito, no qual produtores rurais se uniram para defender a propriedade invadida, estes cinco produtores foram indiciados e acusados de serem os líderes da movimentação. Após 79 dias presos, eles foram libertados e, durante todo esse tempo, não houve nenhum outro incidente envolvendo indígenas e produtores na região.

Como lembra Maran, estes produtores foram presos em um momento no qual o plantio da safra de verão estava sendo iniciado, deixando de atender às suas atividades. Quatro deles são proprietários em Caarapó e outro na cidade vizinha de Laguna Carapã.

Foi realizada uma reunião juntamente com as famílias destes produtores que estão presos, da qual saiu a decisão de realizar uma manifestação para comunicar o ocorrido para a sociedade de maneira geral. Essa manifestação ocorrerá no próximo sábado, 07 de outubro, às 8h, na Avenida Marcelino Pires, em Dourados (MS).

Ele salienta que esta será uma manifestação pacífica e sem agredir o outro lado, já que "cada um tem sua causa".

Hoje, são 17 propriedades invadidas na região, sendo 10 de pequenos produtores, que possuem abaixo de um módulo rural (40 hectares).

Veja mais:
>>Produtores rurais repudiam prisão de fazendeiros de Caarapó

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Por:
Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte:
Noticias Agrícolas

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