China proíbe criptomoedas, afetando o mercado financeiro de tecnologia e colocando em discussão o futuro das moedas digitais

Publicado em 27/09/2021 11:41
Rodrigo Cremer - CEO da Bth.solutions
Entrevista com Rodrigo Cremer - CEO da Bth.solutions sobre as Criptomoedas

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Bolsas de criptomoedas correm para excluir usuários chineses após proibição de Pequim

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Por Samuel Shen e Andrew Galbraith

XANGAI (Reuters) - A nova proibição geral de Pequim de todas as transações e mineração de criptomoedas, a mais ampla já feita por uma grande economia, fez com que corretoras e provedores de serviços corressem para cortar relações comerciais com clientes da China continental.

As ações de uma série de empresas chinesas relacionadas ao mercado de criptomoedas despencaram com a proibição, que fecha brechas deixadas em ações regulatórias anteriores no setor. Executivos da indústria observaram, no entanto, que muitas empresas já haviam transferido partes importantes de seus negócios para fora da China.

Dez órgãos do governo chinês disseram em um comunicado conjunto na sexta-feira que as bolsas estrangeiras foram proibidas de fornecer serviços a investidores do continente via internet -- uma área antes cinzenta -- e prometeram erradicar conjuntamente as atividades "ilegais" de criptomoedas.

Em resposta, Huobi Global e Binance, duas das maiores bolsas mundiais de criptomoedas e populares entre os usuários chineses, interromperam novos registros de contas por clientes na China continental. A Huobi também disse também que vai excluir as atuais até o final do ano.

"No mesmo dia em que vimos o anúncio, começamos a tomar medidas corretivas", disse Du Jun, co-fundador do Huobi Group, em um comunicado à Reuters.

Ele não deu uma estimativa de quantos de seus usuários serão afetados, dizendo apenas que a Huobi embarcou em uma estratégia de expansão global há muitos anos e viu um crescimento constante no sudeste da Ásia e na Europa.

TokenPocket, um provedor popular de carteiras de dinheiro digital, também disse em um aviso aos clientes que encerraria os serviços para clientes da China continental que corressem o risco de violar as políticas chinesas e que "aceitariam ativamente" a regulamentação.

A proibição, que vem em meio a uma série de ações regulatórias que atingiram vários setores, de videogames à tecnologia, torna muito difícil para os investidores da China continental comprarem ou venderem ativos digitais, a menos que saiam do país. A regulamentação, no entanto, não chega a declarar a propriedade de criptomoedas como ilegal.

(Por Samuel Shen e Andrew Galbraith; reportagem adicional de Alun John em Hong Kong)

Reguladores da China proíbem negociação e mineração de criptomoedas, bitcoin desaba

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Por Alun John e Samuel Shen e Tom Wilson

XANGAI (Reuters) - Reguladores da China intensificaram nesta sexta-feira a repressão às criptomoedas, proibindo todas as transações e mineração desses ativos, atingindo o bitcoin e outras moedas e pressionando ações ligadas ao setor e ao blockchain.

Dez agências, incluindo banco central, reguladores bancários, de valores mobiliários e de câmbio, prometeram trabalhar juntas para erradicar a atividade "ilegal" de criptomoeda, a primeira vez que as agências uniram forças para proibir explicitamente todas as atividades com criptomoedas.

"Ficou claro que a China não apoiará o desenvolvimento do mercado de criptomoedas, pois vai contra suas políticas de elevar o controle sobre o fluxo de capital e as tecnologias", disse George Zarya, presidente da Bequant, em Londres.

O Banco do Povo da China (PBOC) informou que as criptomoedas não devem circular como moedas tradicionais e que as bolsas estrangeiras estão proibidas de fornecer serviços aos investidores do país via internet, cortando empresas como Coinbase e Binance da segunda maior economia do mundo.

O PBOC também barrou que instituições financeiras, empresas de pagamento e firmas de Internet facilitem o comércio de criptomoedas em nível nacional.

O governo chinês "reprimirá resolutamente a especulação com moeda virtual e atividades financeiras correlatas e mau comportamento, a fim de salvaguardar as propriedades das pessoas e manter a ordem econômica, financeira e social", disse o PBOC.

O bitcoin, maior criptomoeda do mundo, caiu mais de 6% para 42.2167 dólares após a notícia.

Moedas que normalmente acompanham o bitcoin, também caíram. Ether e XRP sofreram quedas de 10% cada.

A declaração ocorreu depois que o Conselho de Estado da China prometeu em maio reprimir a mineração e comércio de bitcoins como parte de um esforço mais amplo para mitigar os riscos do sistema financeiro, sem entrar em detalhes.

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