Corte no orçamento do Mapa de R$ 1,4 bilhão deve impactar, principalmente, nas operações de subvenção

Publicado em 25/05/2015 10:13
Corte no orçamento do Mapa de R$ 1,4 bilhão deve impactar, principalmente, nas operações de subvenção como o pagamento do seguro agrícola e da política de preços mínimos. Ao mesmo tempo, setor ainda sofre com as incertezas sobre o Plano Safra 2015/16. Veja os comentários de Telmo Heinen.

O governo federal divulgou na última sexta-feira (23) um contingenciamento do Orçamento Geral da União de R$ 69,946 bilhões como medida para equalizar as contas públicas. Desde valor R$ 1.395 bilhões foram cortados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Com o corte de 37,8% o MAPA possui agora somente com R$ 2.306 bilhões para cobrir os gastos de 2015. Segundo Telmo Heinen, consultor em comercialização, o impacto maior do corte será com as subvenções de seguro e políticas de preço mínimo.

Para ele, os produtores devem agir com cautela, avaliando a viabilidade da produção, haja vista que o setor segue na incerteza das definições do Plano Safra.

"Não se pode confundir orçamento com recursos do plano safra, que está prometido para anunciado no dia 02 de junho. Em relação ao plano safra a primeira recomendação ao produtores é não expandir o negócio com dinheiro emprestado", considera Heinen.

Além disso, alerta que outras medidas ainda precisam ser aprovadas para dar sequência a política de superávit primário. "As medidas provisórias e seus destaques terão que ser votados até o dia 31 de maio, porque se houver muita modificação no Senado o projeto tem que voltar para a Câmara para ser analisado, então se isso ocorrer fica um perigo eminente de não conseguirem discutir e aprovar esses assuntos", afirma o consultor.

 

Cenário Político

Divergências internas entre partidos, nas próprias bancadas, e entre a Câmara e o Senado devem fazer com que a reforma política, mais uma vez, não saia do papel. O tema será analisado inicialmente nesta segunda-feira (25), na comissão especial criada na Câmara e deve preencher a agenda nos próximos três dias de atividades no plenário.

"A campanha da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) para captação de assinaturas a favor da reforma política preconizada pelo PT fracassou, o número de assinaturas não atingiu nem 50% do necessário. Tem lideranças que acham que a solução do Brasil é aquilo, mas o povo não está concordando", reintera Telmo.

Outro assunto que deve ganhar destaque nesta semana, de acordo com o consultor, é a manifestação anti-PT marcada para esta quarta-feira (27) na esplanada dos ministérios. O protesto organizado pelo Movimento Brasil Livre (MBL) saiu de São Paulo no domingo (23) em marcha para Brasília, e chegou ao Distrito Federal domingo (24), onde deve realizar nova convocação para a manifestação.

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Por:
Carla Mendes e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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