Com clima favorável, perspectiva é de boa produtividade para o milho no Rio Grande do Sul
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Entrevista com Ricardo Meneghetti - Presidente da Apromilho RS sobre o Acompanhamento de Safra do milho
DownloadO alto índice de chuvas registrado no Rio Grande do Sul está colaborando com o bom desenvolvimento da safra de milho no estado. Atualmente, a área já plantada fica em torno de 85 a 90% do total, com a maioria da lavoura em seu estágio vegetativo (60%), seguido da floração (entre 5 e 18%) e enchimento do grão (10%).
“O produtor de milho também é produtor de soja, então ele fica em uma sinuca de bico quando o assunto é clima. Estamos sofrendo com o clima para soja, mas em contrapartida para o milho estamos com condições ideias. A evolução está muito boa, recebendo chuvas frequentes e regulares. Estamos tendo noites frias em sua maioria e dias longos e quentes, o que é excelente para o milho. Além disso, hoje nós tempos híbridos que já tem recursos próprios para conseguir minimizar as boas condições para o desenvolvimento de doenças. O produtor de milho tem feito isso para proteger a sua lavora e ela tem correspondido no incremento de sua produção”, conta Ricardo Meneghetti, presidente da Apromilho RS.
Com todas as condições de cultivo favoráveis, a expectativa dos produtores gaúchos é um aumento de produtividade para a próxima colheita. A área destinada a produção do grão no estado aumentou 5% com relação ao ciclo passado e atinge entre 720 e 730 hectares. A produtividade esperada é de 113/114 sacas por hectare contra a média de 110 da última colheita.
O ponto negativo em todas essa cadeia produtiva é a baixa perspectiva com relação aos preços de venda do milho. “A questão de rentabilidade preocupa o produtor, até porque, em termos de valores nominais nós ainda continuamos trabalhando com o milho na faixa de R$ 34,00 a saca. Alguns produtores conseguem um pouco mais, até 38 reais porque tem eles armazenados em silos próprios em conseguem um valor maior na saca. Com os custos de produção que foram mais altos e a tabela de frete, acreditamos que este valor deveria ser cerca de 5% maior do que a última safra. Outra coisa que nos preocupa é a queda das exportações esse ano, que pode fazer que tenhamos um estoque de passagem mais alto e isso reflita em preços futuros”, alerta Meneghetti.
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