Estoque elevado, safra de verão cheia e maior investimento na safrinha estimulam oferta e criam cenário ruim para milho em 2019
As perspectivas para o mercado do milho em 2019 não são nada animadoras para os produtores brasileiros. O elevado estoque de passagem da mercadoria gerado pela dificuldade de venda em 2018 somado ao panorama que aponta aumento da oferta para o ano que vem, devem manter a tendência de queda no preço da commoditie.
“O mercado interno teve um ano ruim devido as dificuldades dos frigorificos para incrementar o consumo interno e para as exportações tivemos a greve dos caminhoneiros no período da safra, com o preço do frete inviabilizando as exportações, além da super safra dos Estados Unidos. O Brasil deve finalizar o ano com um estoque de passagem de 18 milhões de toneladas de milho. Além disso, temos a perspectiva de uma safra de verão um pouco maior. A soja foi plantada mais cedo esse ano e vamos conseguir plantar todo o milho do país dentro de uma janela ideal e dentro de um clima ideal. Se considerarmos uma safra de normalidade para 2019 e a condição de estoque que nós temos, poderemos ver, após julho de 2019, preços ao produtor até abaixo de R$ 25,00”, aponta Étore Baroni, consultor da INTL FCStone.
Para escapar dessa queda nos preços e tentar buscar o mínimo de rentabilidade, o produtor deve focar em ter a maior produtividade possível nas próximas safras. “Com essa perspectiva de safra boa com plantio dentro da janela e um pouco mais antecipada, o produtor deve focar em fazer uma boa lavoura e aumentar a produtividade para que, quando tiver essas situações de baixa nos preços, ainda consiga manter uma produtividade. Se a minha produção aumentar 20% e o preço cair 10%, mesmo eu vendendo mais barato vou ter aumento de rentabilidade”, diz Baroni.
O consultor também destaca a importância do produtor ficar alerta para as mudanças que podem acontecer no mercado para aproveitar possíveis vendas. “A questão do frete está deixando todo o mercado travado mas eu acredito que devemos ter algumas boas oportunidades para venda ainda, com algum momento de dólar mais forte ou a bolsa de Chicago em alta. O produtor que ainda não vendeu tem que ficar atento para aproveitar esses momentos”.
1 comentário
B3 antecipa movimento de queda dos preços do milho que ainda não apareceu no mercado físico
Demanda por milho segue forte nos EUA e cotações futuras começam a 6ªfeira subindo em Chicago
Radar Investimentos: Milho brasileiro encontra barreiras no mercado internacional
Milho emenda sexta queda consecutiva e B3 atinge menores patamares em um mês nesta 5ªfeira
Getap 2024: premiação deve ter altas produtividades para o milho inverno 24
Cotações do milho recuam nesta quinta-feira na B3 e em Chicago
Mario Afonso Klein Passo Fundo - RS
Saber tudo o que vai acontecer daqui a oito meses, inclusive que vai chover bem na medida certa é uma santa de uma sabedoria...
Analista "raiz" é aquele que defende o mercado com unhas e dentes em suas "previsões"! Para este tipo, as lavouras não correm nenhum risco e a produtividade sempre será a máxima! Bom para que o mercado fique sempre baixista e péssimo para o produtor rural, aquele que produz a comida para o "analista raiz"!
Analista..raiz ...caule...folhas ou frutos..não importa..analisar tendencias e simples e fácil como andar..vejamos a soja..safra americana recorde... Safra brasileira toda plantada na melhor janela..
O consumo mundial esta normal..
Ora sem fato novo que mexa na produção ou no consumo..qual a tendencia...manter com tendencia de baixa..o milho idem...então o produtor tem que saber discernir.. O que é real factível e ou conversa fiada..e ficar atento aos fatos..escrevi neste espaço a mais de um ano a mesma coisa e afirmei que sem fato novo ia ficar de 8 a 10,5 dólar por Buschel...olha como ficou??? a variação que poderia ter era dólar em função de eleição..não e o analista que faz o preço e o mercado..
Dalzir, some-se ao preço da CBOT mais US$ 2,50 por bushel para obter o preço da soja brasileira negociada este ano. Os preços finais gravitaram entre US$ 10,80 e 12,30 por bushel. Se tomarmos a variação cambial dos 3,20 : 1 para 4,00 : 1, e convertemos no preço dólar por bushel, então o preço da soja brasileira chegou a ser negociada a US$ 13,44 por bushel... Isto pode lhe dar uma idéia do avanço do consumo que pagou o preço de resgate da oferta. A oferta é uma hipótese, porque sua integridade depende do clima, mas a demanda é um fato instalado, porque trata-se da maior indústria de consumo mundial, exatamente a dos seres humanos. abraços
liones severo, com a diminuição da soja exportada em 2019 a exportação de milho não vai iniciar mais cedo?