Após chuvas recentes, produtores se preparam para o início do plantio da soja no Paraguai
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Entrevista com Ricardo Gratieri - Sócio-Gerente Marangatu Insumos Agrícolas - PY sobre a Safra do milho no Paraguay
DownloadCom o término do vazio sanitário no final de agosto, os produtores rurais do Paraguai já têm a liberação para iniciarem a semeadura da nova temporada de soja. E, com as chuvas do último final de semana, a expectativa é que os trabalhos nos campos comecem nos próximos dias. A expectativa é que nesta safra sejam cultivados 3,3 milhões de hectares com o grão no país, acima do registrado no ano anterior.
Conforme destaca o sócio-gerente da Marangatu Insumos Agrícolas, Ricardo Gratieri, os produtores estão otimistas para essa safra. "E o plantio nessa época tem nos entregado a soja com maior resposta de produtividade e também conseguimos plantar a safrinha de milho com maior segurança", completa.
Em relação aos custos de produção, a perspectiva é que os valores fiquem próximos dos observados no ciclo passado. E, assim como no Brasil, as preocupações dos produtores estão voltadas aos atuais preços da soja. A saca da oleaginosa é negociada entre US$ 16,50 e US$ 17,00, bem abaixo dos US$ 22,00 por saca registrados no mesmo período de 2017.
Safrinha de milho
Até o momento, os produtores já colheram 95% da área cultivada com o milho safrinha nesta safra. E, diante da época de plantio e do clima irregular, as lavouras apresentam variações de produtividade, entre 8 mil quilos a 5 mil quilos do grão por hectare.
"No milho plantado mais cedo, o nível de tecnologia empregado foi maior e tivemos um resultado melhor. Já os semeados tardiamente, no final do mês de fevereiro, tiveram um rendimento menor. Sem contar que em algumas regiões, as plantações ficaram até 40 dias sem chuvas", explica Gratieri.
O mercado brasileiro é um dos principais destinos do milho produzido no Paraguai. Embora, nesse momento, a diferença cambial esteja ajustando as margens dos produtores, uma vez que a tonelada do cereal é negociada próxima de US$ 130,00. "Se o câmbio estivesse mais normalizado poderíamos comercializar esse grão com melhor vantagem", destaca o sócio-gerente.
Trigo
Para o trigo, a colheita deve ter início a partir da próxima semana no país. Em meio ao clima regular nesta temporada, a perspectiva é favorável à produção. Em contrapartida, o preço do cereal é uma preocupação dos produtores e a expectativa é que os valores fiquem próximos de US$ 200,00 por tonelada. Valor que, ainda na visão de Gratieri, não seria o suficiente para estimular o cultivo do grão na próxima safra.
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