Atraso na entrega dos fertilizantes pode impactar safra de verão em Guaíra (PR) e, consequentemente, safrinha de 2019

Publicado em 09/07/2018 11:48
Silvanir Rosset - Presidente do Sindicato Rural de Guaíra/PR
Safrinha de milho de 2019 pode ser novamente cultivada fora da janela e mais exposta ao risco climático. Impasse sobre os fretes ainda tem impactado os negócios na região. Safrinha de 2018 já tem quebra estimada em 40% em função das irregularidades climáticas. Saca do cereal é cotada ao redor de R$ 29,50 em Guaíra.

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Entrevista com Silvanir Rosset - Presidente do Sindicato Rural de Guaíra/PR sobre o Acompanhamento de Safra do Milho Safrinha

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Os produtores de Guaíra (PR) mal iniciaram a colheita da safrinha de milho desse ano e já estão preocupados com a safrinha de 2019. Isso porque, diante da demora na entrega dos fertilizantes devido ao impasse sobre o tabelamento dos fretes, a expectativa é que o plantio da soja da safra 2018/19 atrase e, por consequência, atrase também o cultivo da segunda safra no próximo ano.

Na região, os agricultores já podem semear a soja a partir do dia 10 de setembro. "Geralmente nessa época já estaríamos recebendo os fertilizantes e a nossa preocupação agora é com o tempo de entrega desses produtos. Vamos prejudicar o plantio da soja e impactar a safrinha de milho, que ficará mais exposta ao risco climático e poderá ter o seu potencial produtivo reduzido, caso a semeadura seja feita fora da janela", pondera Silvanir Rosset, presidente do Sindicato Rural do município.

Esse já foi um cenário observado nesta temporada, já que, diante das irregularidades climáticas o cultivo da segunda safra foi realizado com atraso. Como resultado, a perspectiva é de uma quebra de mais de 40% na produção nesta temporada. Cenário que fez com que muitos agricultores tivessem que acionar o seguro.

Comercialização

A questão do frete também afetou o andamento das negociações na região. No caso do milho, esse foi apenas um fator que agravou o cenário, que estava bastante delicado após a Operação Carne Fraca. Isso porque, a região é forte na produção de aves e suínos.

"Com todo esse quadro, o pessoal tirou o pé do acelerador, tivemos um desaquecimento do setor, o que fez com os preços caíssem muito. Tínhamos valores acima de R$ 34,00 e, atualmente, a saca é cotada a R$ 29,50", afirma Rosset.

Além disso, na região, há muita soja estocada e que ainda precisa ser negociada. "E agora também temos um tempo máximo de um ano para a armazenagem dos produtos. Após esse período, será cobrado um valor adicional dos agricultores. No caso da soja, a nossa referência é de R$ 77,50 a saca", destaca a liderança sindical.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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