Em Sidrolândia (MS), comercialização de grãos segue travada diante das incertezas sobre o frete

Publicado em 19/06/2018 11:05
Rogério de Menezes - Presidente do Sindicato Rural de Sidrolândia/MS
Preços da soja baixaram de R$ 72,00 para R$ 66,00 a saca na região e não há negócios. Volume escoado é pequeno e frete mais alto está sendo pago pelas transportadoras ou compradoras. Preocupação é com a estocagem do milho safrinha. Produtores iniciaram a colheita e perspectiva é de uma quebra próxima de 25% nesta temporada.

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Entrevista com Rogério de Menezes sobre o Acompanhamento de safra do Milho Safrinha

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Na região de Sidrolândia (MS), os produtores rurais deram início a colheita do milho safrinha. E, após o período de estiagem, a perspectiva é de uma queda de 25% na produção nesta temporada. Com isso, o rendimento médio das lavouras deve se aproximar de 70 sacas por hectare nesta safra, abaixo do observado no ano anterior, de 88 sacas por hectare.

Contudo, o presidente do Sindicato Rural do município, Rogério de Menezes, reforça que os agricultores estão preocupados com a comercialização dos grãos. No caso do cereal, os produtores já fizeram negócios antecipados, com valores entre R$ 31,00 a R$ 31,50 a saca, porém, nos últimos 30 dias não há referências para o mercado futuro.

Isso porque, assim como em outras regiões, o tabelamento do frete tem deixado uma incerteza muito grande no mercado. Diante desse cenário, muita soja, que já foi negociada na região ainda não foi escoada. Consequentemente, há uma preocupação com a estocagem do milho safrinha, uma vez que os trabalhos nos campos tendem a ganhar ritmo nos próximos dias.

"Antes do tabelamento, estávamos negociando soja entre R$ 70,00 a R$ 72,00 a saca e hoje nossa referência gira em torno de R$ 66,00 a R$ 67,00 a saca. Muitas empresas que compraram soja estão utilizando apenas a própria frota para fazer a retirada desse grão. Isso nos preocupa, pois com a nova tabela, as contas não fecham", explica o presidente do sindicato.

Em meio a esse quadro, a comercialização segue travada na região, a exemplo de outras localidades do Brasil. "Isso tem ajustado a margem dos produtores rurais, já que os custos de produção estão mais altos", pondera a liderança.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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