Saca do milho é cotada a R$ 17,00 em Maringá (PR) e não cobre os custos
José Antônio Borghi, presidente do Sindicato Rural de Maringá (PR), conta que a colheita do milho safrinha na região tem evoluído de maneira lenta, apesar de o clima estar favorável. Os produtores têm dificuldade de entregar o produto. Ele acredita que 50% da produção tenha sido colhida na região.
A produtividade deve ser melhor no ano passado, que teve alguns problemas climáticos. A média da produção fica entre 80 a 100 sacas por hectare, embora este número tenha começado em 120 sacas. O presidente visualiza que, ao final da safra, a média deve ser de 80 a 90 sacas por hectare.
Em função da queda drástica dos preços logo depois do plantio, o produtor "tirou um pouco o pé" dos investimentos na lavoura, o que influenciou na produtividade final.
No balcão das cooperativas, o preço gira em torno de R$17, o que não cobre os custos de produção. A grande maioria dos produtores, de acordo com a visão do presidente, é obrigado a fechar suas contas neste momento, vender a safra e encerrar no vermelho.
Boa parte da safra ainda não foi comercializada. Borghi destaca que apenas 20% a 30% da safrinha foi vendida até o momento.
O planejamento para a próxima safra já começou, com um pouco mais de cautela, já que os preços da soja na região giram em torno de R$60. O momento é de olhar para os custos e fazer uma safra de verão que traga rentabilidade.
Até o momento, ainda há muita soja estocada, o que gera uma dificuldade para armazenar a colheita de milho safrinha. Empresas, cooperativas e produtores vêm colocando produção em silos bolsa para liberar espaço.
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