Colheita do milho safrinha chega a 45% em Primavera do Leste (MT) e quebra deve superar os 50% nesta temporada

Publicado em 27/06/2016 15:35
Município já decretou estado de emergência. Tempo seco registrado ao longo de abril comprometeu o desenvolvimento das lavouras do cereal. Preços caíram e saca é cotada a R$ 28,00 na região. 60% da produção foi negociada antecipadamente e produtores buscam renegociação com as empresas. No algodão, perdas deverão ficar acima de 30% nesta safra.

Devido ao clima seco registrado em abril, a quebra na produção de milho safrinha de Primavera do Leste (MT) deve superar os 50% nesta temporada. Como consequência, a cidade já decretou situação de emergência. Até o momento, pouco mais de 45% da área semeada foi colhida. Em todo o estado, a colheita já está completa em 16,62% da área plantada, conforme último boletim do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).

O presidente do Sindicato Rural do município, José Nardes, reforça que o decreto de situação de emergência irá ajudar os produtores a renegociarem as suas dívidas. “Temos um pouco mais de 60% da estimativa de produção que foi negociada antecipadamente. E muitos não terão os grãos para cumprirem os contratos. Inclusive, alguns agricultores tentam negociar e entregar o milho no próximo ano com o mesmo preço fixado para essa temporada”, afirma.

Grande parte dos contratos foi feito com valores entre R$ 19,00 e R$ 21,00 a saca. Atualmente, a saca é negociada ao redor de R$ 28,00 a R$ 29,00 a saca do cereal. Porém, os valores já alcançaram o patamar de R$ 40,00 a saca há pouco mais de um mês.

“Sabemos que esses recursos farão falta no momento do planejamento da safra de verão. O comércio também irá sentir, somente em Primavera do Leste já temos uma projeção de R$ 150 milhões de prejuízos devido a esse milho que não será colhido”, pondera a liderança sindical.

Algodão

Do mesmo modo, as lavouras da safrinha de algodão também sofreram com o clima irregular. E, por enquanto, a perspectiva é que de uma quebra ao redor de 30% na safra. “Muitos produtores não terão condições de tirar muito lucro na cultura do algodão, apesar da cultura aguentar mais o período seco em comparação com o milho. E precisamos ressaltar que também tivemos muitos negócios realizados antecipadamente”, explica Nardes.

Ainda segundo dados do Imea, em torno de 1,67% da área cultivada nesta temporada já foi colhida em todo o estado.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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