Em Rio Verde (GO), adversidades climáticas derrubam produtividade do milho safrinha
Em Rio Verde (GO), os produtores rurais estão iniciando a colheita do milho safrinha e a perspectiva é de uma redução na produtividade das lavouras nesta safra. Isso porque, as plantações sofreram com o longo período seco e as altas temperaturas, registrados durante o mês de abril. E, recentemente, as chuvas e os ventos fortes derrubaram muitas espigas no chão, gerando ainda mais prejuízos aos produtores. No município foi decretado situação de emergência.
Diante desse cenário, a estimativa é de uma produtividade média ao redor de 60 sacas de milho por hectare, contra as 120 sacas do grão colhidas no ano anterior. Dos 220 mil hectares semeados nesta temporada na localidade, 25 mil hectares nem serão colhidos. E grande parte dos agricultores não têm seguro das áreas afetadas pelas intempéries climáticas.
“Normalmente, os trabalhos nos campos começam a partir de 1º de julho, mas também como faltou chuva, o milho secou um pouco mais rápido. Com isso, os produtores estão tentando antecipar a colheita do cereal para também tentar aproveitar os preços mais altos. Nesse momento, a saca do milho é cotada ao redor de R$ 45,00 a saca, porém, são poucos os produtores que têm o produto para negociar nesse instante”, afirma o diretor do Sindicato Rural do município, José Roberto Brucceli.
Contudo, grande parte dos agricultores negociou o produto com valores mais baixos, uma média de R$ 25,00 a saca. E com essa quebra na safra, há produtores preocupados com o cumprimento dos contratos. “A orientação é que os agricultores façam laudos técnicos das áreas e depois converse com as empresas, é preciso expor o problema”, pondera a liderança sindical. Já em relação à baixa disponibilidade do cereal no mercado, Brucceli reforça que o cenário é decorrente da “falta de estratégia das empresas que consomem o milho”.
Tributação dos grãos
O governo de Goiás decidiu retomar a taxação das exportações de milho e soja para assegurar uma reserva interna de mercado. Porém, os produtores e lideranças do setor não estão de acordo com a medida e pedem a revogação da portaria. Na última terça-feira (14), os representantes do setor se reuniram no sindicato para debater o assunto.
“Já demos um ultimato ao Governo para revogar a medida. Caso contrário iremos tomar várias providências, poderemos fazer até um ‘tratoraço’ e fechar o Palácio do Governo na capital do estado”, disse Brucceli.
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