Na região de Uberaba (MG), 80% da safrinha de milho já foi comercializada para exportação
Cerca de 80% da safrinha de milho produzida na região de Uberaba (MG) já foi negociada, quase a totalidade foi destinada às exportações. Frente à recente valorização do câmbio, os produtores aproveitaram para realizar negócios com a produção. Atualmente, a saca do cereal é negociada a R$ 21,00 na localidade.
O representante da CS Agronegócios, Marcelo Nunes, explica que o valor ainda deixa uma margem aos produtores em função da boa produtividade registrada nesta temporada. “Ainda assim, os produtores esperavam negociar a saca do milho a R$ 25,00. Nesse momento, o mercado interno não está muito aquecido e se não fosse os embarques estaríamos vendendo a saca do grão entre R$ 18,00 a R$ 19,00”, afirma.
Paralelamente, o que tem preocupado os produtores é falta de infraestrutura logística. Em média, as empresas pagam o frete no valor de R$ 150 por toneladas para entrega do produto no Porto de Santos. O que resultaria em um preço de R$ 9,00 por saca de milho. “Isso tem dificultado a melhora nos preços e também a comercialização. Contudo, já temos embarques programados para agosto e setembro”, ressalta Nunes.
Já os 20% restantes da produção, o representante sinaliza que os produtores deverão segurar para vender mais adiante. “No início dessa semana tivemos uma ligeira melhora na demanda interna, com isso, a perspectiva de vender o milho com valores mais altos”, completa.
Safrinha de milho
A colheita da segunda safra de milho está próxima de 95% na região de Uberaba (MG). Em com o investimento feito pelos produtores e o clima favorável, a produtividade média, entre áreas de sequeiro e irrigadas, o rendimento ficou próximo de 120 sacas do grão por hectares. Além disso, outro problema bastante comum na localidade é o vento forte que acaba derrubando as lavouras, não foi registrado nesta temporada.
Safrinha de feijão
As lavouras de feijão safrinha apresentam boas condições e a perspectiva é de um rendimento médio entre 40 a 45 sacas do grão por hectare. “Mas ainda temos os problemas com a mosca branca, os produtores têm investido em trabalho preventivo. Do mesmo modo, a comercialização também é uma preocupação dos produtores, uma vez que não há como fazer fixar negócios. O agricultor acaba vendendo na boca da colheita”, finaliza Nunes.
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