Produtores rurais finalizam a colheita do milho safrinha em Lucas do Rio Verde (MT) e saca é cotada a R$ 15,00
Em Lucas do Rio Verde (MT), os produtores rurais caminham para a finalização da colheita do milho safrinha. Apesar do aparecimento dos grãos ardidos, que acabou refletindo na produtividade, o rendimento das plantações deve ficar entre 95 a 100 sacas do cereal por hectare.
Contudo, o presidente do Sindicato Rural do município, Carlos Simon, destaca que os problemas foram pontuais e a produtividade ficou dentro do esperado pelos agricultores. “Quem planta em janeiro, normalmente consegue um rendimento mais alto, entre 120 a 125 sacas do grão por hectare, porém, quem cultiva o grão mais tarde colhe um pouquinho menos”, afirma.
Já os preços giram em torno de R$ 15,00 a saca do milho e, na visão do presidente, não cobre os custos de produção. “Temos o desconto de 2.3% do Funrural, o que resulta em R$ 14,60 a saca ao produtor e também R$ 1,00 em relação ao frete. E com o dólar mais alto, os agricultores já se preocupam com os custos da safrinha de 2016. Para amenizar o cenário, precisaríamos de preços mais altos em Chicago”, ressalta Simon.
Armazenagem
Em relação à armazenagem, o presidente ainda sinaliza que há pouco milho armazenado a céu aberto na região, diferentemente de outras localidades no estado. Somente alguns armazéns que adquiriram mais produto do que a sua capacidade enfrentam o problema, conforme diz Simon.
“O produto deverá ser retirado nos próximos dois meses, porém, não há preocupações, pois não vai chover nesse período. Por outro lado, o produtor tem utilizado o silo bolsa para estocar o grão e realizar a comercialização mais adiante”, acredita.
Soja
Até o momento, boa parte dos insumos para a próxima temporada de soja já foram adquiridos na localidade. Em média, os produtores conseguiram fazer as compras com o câmbio entre R$ 2,90 até R$ 3,10, segundo disse o presidente.
“Temos alguns custos que não teremos como escapar, como o fertilizante que é cotado em dólar. Paralelamente, temos alguns contratos feitos nos patamares de R$ 55 até R$ 60 a saca da oleaginosa. São níveis que remuneram desde que o produtor tenha feito as compras com o câmbio abaixo dos R$ 3,10”, finaliza o presidente.
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