Em Balsas (MA), lavouras de milho safrinha ainda precisam de chuvas para consolidar a produção
Na região de Balsas (MA), as lavouras de milho ainda precisam de chuvas para consolidar a produção, especialmente as áreas cultivadas mais tarde. Já as primeiras plantações foram beneficiadas pelas precipitações e apresentam boas condições. Com isso, a produtividade pode chegar até a 100 sacas do grão por hectare. Nesta safra, com o atraso observado na cultura da soja devido ao clima irregular, a área semeada com o grão recuou 35% no estado.
O presidente da Aprosoja MA e vice-presidente do sindicato rural do município, Isaías Soldatelli, destaca que em algumas localidades, principalmente no sul do estado, na divisa com o Tocantins, as precipitações precisam ocorrer até o dia 20 de maio para garantir uma boa produtividade. “Por enquanto, não podemos estimar um rendimento médio para as lavouras de milho no estado em decorrência desse cenário”, afirma.
Além disso, nas lavouras cultivadas mais tarde, os produtores rurais reduziram os investimentos em tecnologia, fator que também deve impactar no rendimento final dessas áreas. Já em relação à sanidade das plantações, o presidente da entidade sinaliza que o cenário é um pouco mais tranquilo nessa temporada, uma vez que os agricultores têm conseguido fazer o controle das pragas.
Contudo, a incerteza na produção tem deixado os negócios com o cereal mais lentos na região. O recuo registrado nos preços recentemente, as cotações caíram para R$ 26,00 a saca, não tem estimulado novas vendas. “Temos pequenos volumes sendo comercializados. Muitos produtores aguardam uma definição da safra para dar continuidade aos negócios. Mas, apesar da queda, os valores ainda estão mais altos do que os observados no ano passado e os agricultores buscam fazer uma média”, diz Soldatelli.
Soja
Assim como em outras regiões, a produção de soja da localidade também foi afetada pelo clima irregular. Consequentemente, o rendimento médio das plantações deve ficar em 44 sacas do grão por hectare, abaixo da expectativa dos produtores, de 50 sacas por hectare.
Paralelamente, as cotações da saca da oleaginosa giram em torno de US$ 19,50 a US$ 20,00, nesse momento. “A comercialização já rodou bastante, temos cerca de 75% da produção colhida já negociada. Com a oscilação no mercado, o agricultor não quis arriscar tanto, ainda mais em anos de produtividade baixa e problemas de comercialização. Então, os produtores fizeram médias”, relata Soldatelli.
Câmbio
O dólar já é uma preocupação para a próxima temporada devido ao reflexo da recente valorização da moeda nos custos de produção. Diante desse quadro, o presidente orienta que os produtores fiquem atentos à comercialização, pois os custos estão elevados.
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