Apesar de uma segunda safra de milho recorde no Brasil, tendência para preços é favorável
Condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento do milho safrinha podem beneficiar safra de inverno e números devem ser recorde.
Segundo, Anderson Galvão, analista da Céleres Consultoria, chuvas neste final de abril e começo de maio podem aumentar o potencial produtivo das lavouras e consequentemente as estimativas serão reajustados para cima – de 47,9 milhões de toneladas para cerca de 50 milhões de toneladas, segundo a consultoria.
Apesar de um cenário de maior oferta, os produtores têm realizado vendas, especialmente com a colaboração da valorização do dólar e também no aumento de exportações nesse período do ano.
"A taxa de câmbio de R$ 3,20 a R$ 3,30 tem sido uma das principais razões para preços relativamente firmes para o milho em diversas regiões", com isso muito produtores estão aproveitando os picos de preço para comercializar e realizar trocas para a safra verão e a safrinha, explica o analista.
No estado de Goiás os preços variam entre R$ 21,00 a R$ 22,00 a saca. Em Mato Grosso as principais praças trabalham com uma variação menor de R$ 16,00/saca. Valores que remuneram o produtor com produtividade acima de 100 a 110 sacas por hectares.
Contudo, a pressão da safra "naturalmente gera um redução na cotação", e isso devem acontecer em meados de junho e julho, mas de forma momentânea "porque a demanda doméstica para a indústria de alimentação animal e a demanda externa devem ser firmes, por isso entendemos que essa redução - mesmo em ano de safra excepcional - dará liquidez e algum preço", afirma Galvão.
Segundo ele, no curto prazo o mercado pode ter alguma variação positiva, pressionado pelo clima de inverno nas regiões produtoras, "mas depois de junho, até meados de agosto esperamos movimento de queda nas cotações refletindo a entrada da colheita de inverno", conclui Galvão.
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