Dólar e prêmios ajudam e milho fecha semana positiva acumulando altas de até 1,5% na B3
A sexta-feira (19) chega ao final com os preços futuros do milho se sustentando no campo positivo da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 59,14 e R$ 69,25 e acumularam ganhos também ao longo da semana.
O vencimento setembro/24 foi cotado à R$ 59,14 com valorização de 1,53%, o novembro/24 valeu R$ 62,86 com ganho de 0,98%, o janeiro/25 foi negociado por R$ 66,55 com elevação de 1,06% e o março/25 teve valor de R$ 69,25 com alta de 0,44%.
No acumulado semanal, os contratos do cereal brasileiro registraram ganhos de 0,43% para o julho/24, de 1,44% para o setembro/24, de 1,52% para o novembro/24, de 1,37% para o janeiro/25 e de 0,45% para o março/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (12).

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou elevações neste último da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações em Ubiratã/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Sorriso/MT, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP, além de não ter encontrado desvalorizações em nenhuma das praças.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com a análise da Agrinvest, a alta do dólar e prêmios nos portos resultaram em uma semana bastante positiva para os preços do milho na B3 e interior do Brasil.
“Algumas praças do interior tiveram valorizações entre R$ 2,00 e R$ 3,00 a saca nesta semana para o milho, melhorando o ritmo de farmer selling, que superou as 2 milhões de toneladas no acumulado segunda-quinta", apontam os analistas da Agrinvest.
De acordo com o Analista da Céleres Consultoria, Enilson Nogueira, após muita incerteza com diminuição de plantio e redução de investimentos, as condições climáticas na maior parte das regiões foi boa e compensou este cenário. Com isso, a consultoria trabalha com uma safrinha superior à 100 milhões de toneladas e considerada cheia.
Neste cenário, Nogueira acredita em preços do milho seguindo pressionados no Brasil pelos próximos 30 ou 60 dias, se mantendo na faixa entre R$ 50,00 e R$ 55,00 no interior de São Paulo e entre R$ 35,00 e R$ 40,00 no Mato Grosso.
Após esse período, a expectativa do analista é uma retomada da demanda interna, pelo setor de rações e de etanol, e externa com as exportações aquecendo e trazendo melhoras aos preços do milho no Brasil.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro encerraram o pregão de sexta-feira praticamente estáveis em suas movimentações, mas acumularam desvalorizações de até 2,8% ao longo desta semana.
O vencimento setembro/24 foi cotado à US$ 3,90 com queda de 0,75 pontos, o dezembro/24 valeu US$ 4,04 com perda de 0,25pontos, o março/25 foi negociado por US$ 4,18 com baixa de 0,25 pontos e o maio/25 teve valor de US$ 4,28 com elevação de 0,25 pontos.
Esses índices representaram recuos, com relação ao fechamento da última quinta-feira (18), de 0,19% para o o setembro/24, de 0,06% para o dezembro/25 e de 0,06% para o março/25, além de ganho de 0,06% para o maio/25.
Já no acumulado semanal, os contratos do cereal norte-americano registraram desvalorizações de 2,86% para o setembro/24, de 2,41% para o dezembro/24, de 2,22% para o março/25 e de 2,23% para o maio/25, com relação ao fechamento da última sexta-feira (12).

Segundo informações da Agrinvest, assim como a soja, o milho operou em leve alta em boa parte desta sexta-feira, mas perdeu força com a forte desvalorização do petróleo. Já na semana, os dois grãos acumularam quedas, puxadas para baixo pelo clima benéfico para as lavouras da safra 2024/25 dos Estados Unidos e estoques elevados nos EUA.
Enilson Nogueira acrescenta que, o fator que mais seguirá influenciando as cotações do milho em Chicago no curto prazo é a estimativa da oferta norte-americana.
“Até então temos indicadores de qualidade e andamento de safra quase recordes nos Estados Unidos. Toda aquela conversa que a gente tinha lá atrás de mercado climático, possíveis problemas para o milho dos EUA, cada vez mais está sendo deixada de lado e perdendo essa janela de clima”, diz.
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