Em Sorriso (MT), chuvas beneficiam a produção de milho safrinha
As chuvas têm contribuído para o desenvolvimento para as lavouras de milho safrinha na região de Sorriso (MT). Até o momento, a perspectiva é de uma boa safra, mas a preocupação é com o futuro, conforme destaca o presidente do Sindicato Rural de munícipio, Laércio Pedro Lenz.
“As precipitações precisam se prolongar até maio, o que não é normal para a nossa região. Isso porque, temos ao redor de 35% da safra que foi semeada fora da janela ideal devido ao atraso na cultura da soja. Caso as chuvas se confirmem, poderemos ter uma produtividade média em torno de 90 sacas por hectare, número próximo da média da safra anterior, de 96 sacas por hectare”, afirma o presidente.
Nesta temporada, os produtores reduziram em 17% a área cultivada com o cereal em comparação com o ano anterior. A área semeada caiu de 510 mil hectares para 420 mil hectares cultivados. Já em relação ao aparecimento das lagartas nas plantas, o presidente sinaliza que, neste ciclo os produtores fizeram aplicações preventivas nas lavouras, em função do problema com as pragas registrado em 2014.
O presidente também ressalta que, até o momento, cerca de 50% da safrinha de milho foi negociada, entre pacotes realizados e vendas diretas. Enquanto isso, os preços da saca do cereal estão ao redor de R$ 16,00 na localidade, valor acima do observado no mesmo período do ano passado, de R$ 12,00.
“Ainda cobre os custos de produção e deixa uma margem os produtores”, acredita o presidente.
Soja
Assim como em outras localidades, a produção de soja de Sorriso também enfrentou problemas com o clima irregular. Apesar das condições climáticas desfavoráveis, a produtividade média do município ficou em 55 sacas de soja por hectare.
Já a comercialização evoluiu recentemente aliada à alta do dólar. Na região, a saca do grão é cotada a R$ 50,00. “É um bom preço para pagar os custos da safra anterior, pois para a próxima temporada temos custos mais altos devido ao câmbio. A orientação aos produtores é que façam o planejamento das compras dos insumos em dólar ou real, pois a moeda norte-americana está muito volátil. E, além disso, temos o atraso na liberação dos recursos para o pré-custeio esse ano, normalmente em fevereiro já temos a liberação, mas já estamos em abril e, por enquanto, não há informações”, finaliza Lenz.
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