Preços da mandioca retomam movimento de alta com oferta mais restrita da raiz e maior demanda por farinheiras. Cotações sobem 30% em um ano

Publicado em 22/02/2016 11:33
Apesar das recentes altas, preços da mandioca ainda não cobrem custo de produção

 

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Preços da mandioca retomam movimento de alta com oferta mais restrita da raiz e maior demanda por farinheiras. Cotações sobem 30% em um ano

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A baixa oferta da raiz nas últimas semanas tem dificultado o abastecimento das indústrias e impulsionados as cotações em todo o país. De acordo com o levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), entre 15 e 19 de fevereiro, o valor médio a prazo para a tonelada de mandioca posta farinheira foi de R$ 236,42 (R$ 0,4112 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), alta de 3,3% frente à média anterior.

Considerando o cenário desfavorável dos dois últimos anos, os produtores reduziram a área cultivada nesta safra, e mesmo no período de safra a disponibilidade da raiz não é capaz de suprir a demanda das indústrias que aumentaram sua participação nos últimos dias. Segundo o pesquisador do Centro, Fábio Isaias Felipe, em quatro semanas, a valorização é de 8,6% e se considerarmos os últimos doze meses a alta chegou a 32%.

"A produtividade agrícola tem sido menor em muitos casos, seja por problemas de podridão radicular que se deu pelo excesso de chuvas, como também pela matocompetição", destaca Felipe.

Além disso, a baixa rentabilidade da cultura nos últimos anos, e a dificuldade de acesso ao crédito também geraram uma redução nos investimentos das lavouras, que refletem diretamente na produtividade.

Do lado da demanda, o pesquisador destaca um aumento da procura pela farinha amarela por parte de comerciantes no Pará, que elevou os preços para as farinheiras e acabou contaminando o mercado como um todo. "Notamos também certo interesse das indústrias de fécula na formação de estoques, que de certo modo já prevêem um segundo semestre um pouco mais complicado no quesito oferta", pondera Felipe.

Embora a elevação nos preços pago ao produtor sejam positivos, eles ainda não conseguem cobrir os custos de produção, limitando o investimento e a programação de aumento de área para plantio. Segundo o pesquisador, considerando uma produtividade de 70 toneladas por alqueire, os custos de aproximam dos R$ 260,00.

Efetivamente o plantio da nova safra ocorre em meados do mês de maio, variando de acordo com cada região.

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Tags:
Por:
Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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