Chuvas excessivas atrapalham a colheita do tomate de mesa em Goiás e afeta a qualidade e produtividade do fruto

Publicado em 15/02/2016 09:25
Rendimento médio está próximo de 50 a 60 caixas (de 22 kg) por mil plantas. Em anos de clima normal, produtividade gira em torno de 250 a 300 (de 22 kg) por mil plantas. Diante do cenário, produtores estão cautelosos para iniciar novos plantios. Preços subiram, ao redor de R$ 4,80 o quilo para o agricultor, mas não cobrem os altos custos de produção.

As chuvas abundantes desde janeiro têm prejudicado a colheita do tomate de mesa em Goiás. O excesso de umidade combinado as altas temperaturas também afetaram a qualidade e produtividade dos frutos.

As lavouras que foram semeadas entre dezembro e janeiro não se desenvolveram bem por conta das condições climáticas desaforáveis. Além disso, o grande volume de água também beneficiou o aparecimento de doenças que afetam diretamente na qualidade do tomate.

De acordo com o gerente da assistência técnica da Emater-GO, Luiz César Gandolfi, houve dificuldade em realizar o controle das pragas e doenças devido a impossibilidade de entrar nas lavouras.

Esse cenário já começa a refletir na disponibilidade da fruta no mercado. Segundo Gandolfi o tomate de mesa é cultivado durante todo o ano, mas as adversidades climáticas têm impedido o plantio seqüencial.

"O tomate de mesa é plantado durante o ano todo, só que diante dessas condições de clima não conseguimos bons resultados dos plantios que foram feitos em dezembro e janeiro e, os produtores estão com dificuldade de tomar decisão de realizar plantio nesta época, inclusive a tendência é tenhamos uma falta ainda mais de tomate nos próximos dias”, acrescenta o gerente.

A restrição na oferta também já trouxe reflexo ao preço pago ao produtor. Atualmente os negócios no atacado acontecem entre R$ 4,00 e R$ 4,80 o quilo, enquanto que o preço no varejo varia entre R$ 6,00 a R$ 10,00 o quilo.

A produtividade média do estado é de 250 a 300 caixas por mil pés, enquanto que neste ano o rendimento caiu para 50 a 60 caixas por mil pés. "Essa é uma condição que embora o preço ao produtor tenha subido, acaba não gerando uma renda satisfatória e suficiente para ele", alerta Grandolfi.

Além da queda na produtividade e qualidade do produto, os agricultores também enfrentam custos mais altos neste inicio do ano. A taxa de câmbio entre R$ 3,80 a R$ 4,00 elevou o preço dos principais insumos e, a necessidade de realizar mais praticas agrícolas - por conta do excesso de chuvas - também é um fator onerante neste ano.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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