Trigo: Lavouras na região de Guarapuava/PR são atingidas por doença ainda não identificada por conta do excesso de chuvas

Publicado em 30/10/2015 09:48
Em um cenário de excesso de chuvas e temperaturas elevadas, lavouras de trigo quase concluídas na região de Guarapuava/PR são atingidas por doença ainda não identificada por conta do excesso de chuvas. Qualidade dos grãos já está severamente comprometida.

As lavouras de trigo na região de Guarapuava (PR), que já estavam quase que em sua totalidade prontas para serem colhidas, começaram a apresentar doenças ainda não identificadas, devido à combinação de excesso de chuvas e altas temperaturas no estado.

Segundo o produtor rural, Tiago Pfan, na região já há relato de diversas doenças com a bacteriose, mancha folhear, septoriose e giberela. Em especial as doenças que afetam a espigas e grãos de trigo são as que mais preocupam os produtores no momento, porque elas interferem na qualidade do produto que será comercializado.

O problema teve inicio nas lavouras de cevada da região e, os agricultores realizaram grande aplicação de agroquímicos para realizar o controle, mas não foi eficiente. Segundo relatos de outros produtores, os custos com essas aplicações superam os R$ 1.200,00 por hectare na cultura da cevada.

"Nós sabemos que foi intensa a utilização de fungicidas na cultura, o que pode inviabilizar o plantio da cevada na região", destaca Pfan.

No caso do trigo, as doenças que atingiram a espiga não possuem mais solução no que diz respeito ao controle, sendo assim, os triticultores podem amargar perdas de qualidade e rentabilidade nesta temporada. "Em relação ao triguilho ainda existem formas de corrigir com mesas densimétricas que consegue tirar o triguilho e ainda permanecer com o trigo de qualidade, mas não são todos os casos que tem a possibilidade de fazer isso", explica o produtor.

Mesmo com o avanço da colheita de trigo nas principais regiões produtoras, as cotações do cereal seguiam em alta segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Isso ocorreu porque a disponibilidade de trigo para uso alimentício, de melhor qualidade, era considerada pequena.

Ao longo deste mês de outubro no mercado de lotes (negociações entre empresas), os preços aumentaram 3,9% no Paraná, já no mercado balcão a valorização foi de 4,9% e os produtores estão esperançosos com a melhora dos preços e a possibilidade de boa remuneração na safra de inverno, mas a doença pegou todos de surpresa.

Atualmente cerca de 7% de todo o trigo produzido no Estado é cultivado na região de Guarapuava.

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Por:
João Batista Olivi e Larissa Albuquerque
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Marcelo Luiz Campina da Lagoa - PR

    Doença sem controle (que ataca o trigo de Guarapuava)? Ameaça de segurança nacional. Proibam o plantio de trigo onde esta doença ocorreu. Simples assim.

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    • luis fernando marasca fucks Giruá - RS

      Acabei de ver o seu comentário no Canal rural, João Olivi. Creio que a sua abordagem, com todo o respeito, nada mais é que a sorrateira idéia do Presidente da Aprosoja

      Brasil de preservar os lucros milionários da Monsanto. Sussurraram no seu ouvido que a alteração da Lei de Proteção de Cultivares (LPC), à maneira "deles", vai favorecer a industria nacional. Pelo contrário, apenas vai delongar sua agonia. A intenção da Aprosoja Brasil é definir critérios para que as empresas que criam variedades (nacionais e multinacionais, inclusive a Monsanto) tenham a remuneração obrigatória por parte do produtor, coisa que hoje não acontece pelas disposições da LPC, deixando a cobrança pela biotecnologia à parte, sem limite algum e sem critérios pré definidos, tais como o alcance e segurança dos testes que a empresa mesma cria e dispõe, sem qualquer tipo de fiscalização. É o que na Aprosoja RS chamamos de "cheque em branco", pois ninguém sabe onde os valores da "bioteconolgia" vão chegar e o que a multinacional fará para garantir os seus polpudos lucros. Além disso, se estabelecerá a dupla proteção sobre a cultivar, situação que no atual limbo juridico, dará margem a criminalização do produtor com pesadas multas, que superam em muito os absurdos 7,5% que a Monsanto se arbitra ao direito de cobrar, sem qualquer respaldo normativo ou jurídico. A Aprosoja RS e outras Aprosojas estaduais pensam diferente da diretoria da Aprosoja Brasil na questão da alteração da LPC e cremos que a sua alteração, na direção do que deseja a entidade nacional, não há sentido algum em mudar a Lei atual. O melhor caminho é o estabelecimento de uma cobrança no momento da primeira comercialização, que remunere o o melhorista e o evento biotecnologico, dentro da Lei de Cultivares e não sob a Lei de Patentes, no limite de Máximo de 1% para ambos (melhorista + biotecnologia). Amigos produtores, tomem muito cuidado por que sob doces e macias palavras há o risco de uma armadilha. Como se diz no futebol, há muito mais pessoas jogando bola nas costas do agricultor do que se imagina. Também como falou o Almir Rabelo, pela manhã, o produtor é uma vaca leiteira da qual todos querem ordenhar, mas sem a minima garantia de fornecimento da ração adequada, ou seja, renda. Luis Fernando Fucks, membro da diretoria da Aprosoja RS e membro do Comitê para alteração da LPC.

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    • luis fernando marasca fucks Giruá - RS

      O Programa Noticias Agricolas já fechou questão em torno do que fala o presidente da Aprosoja Brasil. Cabe ressaltar aqui que isso NÃO É FRUTO E NÃO TEM O DEVIDO RESPALDO DE QUALQUER ASSEMBLÉIA OU DEFINIÇÃO OCORRIDA COM AS DEMAIS APROSOJAS ESTADUAIS. O presidente, Sr. Almir Dalpasquale, está falando por si e passando por cima de todos os demais.

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Luiz Fernando...parabéns por suas colocações....os caras da aprosoja são uma lástima..o de antes era marionete do senador..o atual negocia pagar royaltees de tecnologia a dententora dela disse não mais cobrar..e o que é PIOR os problemas da classe que são seguro...índios..logística....bem os problemas nada fazem..os meios de comunicação bem..estes tem seus comerciais e embarcam na onda de quem manda e define e o resultado...o produtor rural paga a CONTA...

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    • Luiz Antonio Lorenzoni Campo Novo do Parecis - MT

      No Mato grosso, terra onde tudo começou a direção da Aprosoja sempre foi feudo de grupos econômicos.

      No próximo dia nove teremos eleições na APROSOJA - MT, entidade que diz representar os produtores de soja, mantida pelos produtores e que arrecada milhões de dólares por ano e "fornecedora" de políticos e de suporte a este sistema podre.

      No sistema representativo da Aprosoja, os representantes, representam a vontade dos representados? Ou há apenas um sistema de coletas de votos para candidatos pré-selecionados pelos grupos dominantes? Alguém duvida? Verifiquem as declarações do atual governo (vice-governador), do senador Maggi e dos grupos econômicos hegemônicos no MT.

      Os sedizentes representantes e candidatos da Aprosoja, deveriam espelharem-se no Imperador César "Á mulher de César não basta ser honesta, tem de parecer honesta". No caso da Aprosoja, não BASTA ser independente, tem que PARECER independente.

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    • Dalzir Vitoria Uberlândia - MG

      Parabéns Lorenzoni pela sua coragem...a maioria aí no MT enxerga isto mas deve ter medo de falar...aliás pedi que a aprosoja colocasse neste espaço OS RESULTADOS do seu trabalho...mas até agora nada...se manifestem....

      Tem um representante dela que vejo se manifestar em Brasilia e vi dias atras passeando pelo Brasil na dita caravana das palestrinhas...este parece o Rolando Lero revestido de vasilina....tenho colocado neste espaço que no MT a única qualidade é a do PRODUTOR RURAL..o resto é resto...querem ver tem aquele do direto ao ponto que deve ser sacramentado deputado federal a mando do senador...

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    • luis fernando marasca fucks Giruá - RS

      Ao pessoal do MT, maior produtor de grãos do Brasil, sugiro que se mobilizem em seus núcleos para mudar o pano rama das eleições próximas. A minha experiência, até o momento, é de que o produtor não pode se eximir de manter vigilância constante sobre suas entidades. A desatenção do passado recente, junto a CNA e a FARSUL transformaram essas entidades em verdadeiros feudos, cujos senhores feudais detém um poder artificial fruto de representação cartorária. Por isso, ao participar como membro fundador da Aprosoja RS, junto a outros, desenhamos nosso estatuto para não permitir reeleições. Apesar de ser uma cláusula pétrea, isso de nada adiantará se o produtor, em seus núcleos, não der a sua participação, pelo menos através do voto, para eleger o representante da entidade estadual. Fica claro que, como o poder emana do povo, a construção de um ambiente político, legal e econômico para o desenvolvimento da agropecuária está definitivamente em nossas mãos. Participar, opinar e quando preciso, colocar o dedo na cara!

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