Grãos recuam na CBOT já sentindo o efeito Grécia e o nervosismo do financeiro; mas pressão é momentânea
A vitória do 'não' no referendo da Grécia, realizado no último domingo (05), gerou uma aversão ao risco no mercado financeiro e quase todas as commodities abriram em queda nesta segunda-feira (06).
Segundo o analista de mercado Vlamir Brandalizze, o reflexo da crise no mercado de grãos será momentâneo, pois o país grego não possui influencia direta nos fundamentos do mercado da soja, por exemplo. "Mas os investidores, como parte do movimento de Chicago é feito por eles, em momentos como esse eles pulam foram", explica.
No entanto, Brandalizze alerta que mesmo operando em baixa, por conta da crise grega, as cotações de soja, milho e trigo mostram a consolidação de patamares importantes. "O mercado da soja conseguiu sustentar bem o patamar dos US$ 10/bushel, e isso é muito importante. No caso do milho ainda está bem acima dos US$ 4/bushel, e do trigo tentando segurar os US$ 6/bushel", analisa.
Os fundamentos para o mercado de grãos vêm se baseando nas condições das lavouras norte-americanas e no volume dos estoques dos Estados Unidos. Com isso, mesmo que as cotações rompam esses patamares de soja, milho e trigo, o mercado tem força para retomar as altas já que os fundamentos estão bem consolidados, "principalmente pelos estoques da semana passada que vieram bem abaixo e confirmou a forte demanda mundial", ressalta o analista.
Para ele, "a partir da quarta-feira (08) o mercado vai começar a especular em cima do novo relatório do USDA de oferta e demanda que vem na sexta-feira", com expectativa de que o Departamento revise o cenário de oferta e demanda da soja, e então "o mercado comece a trabalhar com outros padrões, mais ajustado, para provavelmente dar suporte aos US$ 10,50 e US$ 11/bushel nos próximos dias", considera.
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