Em Unaí (MG), produtores finalizam plantio da terceira safra de feijão e produtividade é incerta
Os produtores rurais estão Unaí (MG) estão finalizando o plantio da 3ª safra de verão. Até o momento, as chuvas que têm aparecido na localidade, já preocupam os produtores, uma vez que, favorece o aparecimento de doenças fúngicas, como mancha angular e a antracnose.
Para Régis Wilson, agricultor do município, por enquanto, ainda não há para projetar perdas na produção do grão. “As lavouras estão recém-cultivadas, ainda é muito cedo. Mas a perspectiva inicial era melhor, principalmente porque tivemos um episódio com a mosca branca. Além disso, temos a preocupação com os altos de custos de produção”, destaca.
Com a elevação de 10% a 15% nos valores dos insumos e fertilizantes, energia elétrica, o custo de uma saca de feijão chega a R$ 100,00 na região, conforme sinaliza o produtor. Mesmo valor praticado no momento da comercialização do produto, o feijão de maior qualidade é negociado ao redor de R$ 130,00 a saca.
“Isso já começa a deixar os agricultores apreensivos. Nesse momento, são poucos os produtores que tem o produto novo, a maioria negocia o restante da primeira safra e temos esses valores fora do pico da colheita. O receio é que, em meados de junho e julho, com os trabalhos nos campos avançando, as cotações podem estar mais deprimidas”, acredita Wilson.
Frente a esse quadro, os produtores estão desestimulados com o setor e há um risco muito na cultura. “Estamos pensando no que fazer, o problema é a falta de opção. A safrinha de milho vai bem, porém, os preços estão mais baixos”, diz.
Milho
Em Unaí, a produção de milho apresenta dois momentos, o primeiro é a colheita da safra de verão e o desenvolvimento das lavouras da segunda safra. Até o momento, a colheita caminha bem, entretanto, a produtividade das plantações recuou nesta temporada devido ao clima seco observado entre os meses de dezembro e janeiro.
Com isso, o rendimento médio das plantas está ao redor de 100 sacas a 120 sacas do grão por hectare. Em anos de produção cheia, a produtividade gira entre 170 sacas a 200 sacas de milho por hectare. Já a safrinha caminha bem, as chuvas têm contribuído para as boas condições das plantações.
“A perspectiva de colheita, na safrinha, está entre 6 mil a 6,5 mil quilos de milho por hectare. O grande problema são os preços que caíram de R$ 26 para R$ 21, nos últimos 15 dias. Isso tem assustado alguns produtores que acabam vendendo mais rápido, o que acelera o processo de queda. E também precisamos pensar nos custos de produção mais altos da próxima safra”, finaliza Wilson.
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