No RS, produtores finalizam a colheita do arroz e produção deve ficar acima de 8 milhões de toneladas
Publicado em 11/05/2015 11:10
No RS, produtores finalizam a colheita do arroz e produção deve ficar acima de 8 milhões de toneladas. Produtividade média está ao redor de 7.600 mil quilos por hectare. Preocupação é com o custo de produção que subiu para R$ 38,00 a saca, principalmente influenciado pelo aumento no dólar, na energia elétrica e combustível. Saca de 50 kg é negociada a R$ 35,00.
No Rio Grande do Sul, colheita do arroz chega a 98%. Apesar da safra este ano ter suprido as expectativas dos produtores que vão colher cerca de 7.600 mil kg de arroz por hectare, com uma produção de mais de 8 milhões de toneladas, a preocupação é com o aumento nos custos de produção.
Para Maurício Fischer, diretor técnico do IRGA - Instituto Rio Grandense do Arroz, com os ajustes que alguns setores sofreram o custo de produção deixa os produtores no vermelho.
“Como aumento nos custos de energia elétrica, óleo diesel e mão de obra, devido à valorização do dólar, chegamos a um custo de R$ 38,00 a saca, para os produtores que tenham média de produtividade do estado do RS em torno de 7.300 mil kg de arroz por hectare”, diz.
Contudo, o preço da saca de 50 kg é de R$ 35,00 e a preocupação é com a próxima colheita, onde algumas tarifas ainda podem sofrer mais reajustes. “Chegamos a uma nova fase, onde os estoques estão cheios e os preços deprimidos”, explica Fischer.
Diante desse cenário o produtor rural terá que deixar de plantar nas áreas consideradas mais propícias às doenças e pragas, tendo assim, uma redução na área cultivada do arroz.
“Na próxima safra a gente vai depender novamente da situação econômica do país, se haverá ou não, uma alteração de preços. Neste momento a gente tem uma perspectiva de que essas áreas marginais não sejam cultivadas”, orienta o diretor.
O momento é de comemoração à colheita, mas a ideia é que os produtores encontrem estratégias com produtos mais resistentes às doenças fúngicas para que os gastos na produção sejam inferiores ao desta safra. Além disso, o diretor ainda ressalta que, as exportações de arroz ainda pode ser um caminho para o setor e aos produtores. “Os preços no mercado interno irão depender do volume que será embarcado”, finaliza Fischer.
Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Por:
Fernanda Custódio//Nandra Bites
0 comentário
Produção de gergelim cresce 107% na safra de 2023/24 no Brasil
Ibrafe: Acordo do Gergelim abre caminho para o Feijão com a China
Arroz/Cepea: Preços são os menores em seis meses
Arroz de terras altas se torna opção atrativa de 2ª safra entre produtores do norte de Mato Grosso
Ibrafe: Feijão-carioca por um fio
Arroz de terras altas se torna opção atrativa de 2ª safra entre produtores do norte de Mato Grosso