Setembro já se consolida como o 5º mês seguido com redução do poder de compra do avicultor de postura
A dez dias de terminar, o mês de setembro já pode ser considerado o quinto mês seguido em que o avicultor de postura vai fechar o período com o poder de compra reduzido, de acordo com a pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Juliana Ferraz. Apesar de altas pontuais nos preços dos ovos no início de setembro, o restante do mês vem tendo viés baixista tanto por ser uma época típica de maior produção quanto pela demanda reduzida.
Juliana explica que com as temperaturas mais altas, aumenta a produção de ovos menores, que acabam pressionando os preços do extra. Além disso, há o fato de que apesar de os pequenos e médios avicultores estarem tentando reduzir o ritmo de produção, os grandes players seguem com volumes altos. A demanda por ovos, que já vinha reduzida desde o começo do mês, piorou, como é tradicional com a virada para a segunda quinzena do mês.
"Há uma tentativa dos pequenos e médios produtores em colocar o pé no freio na produção, descartando as poedeiras, mas há certa dificuldade, já que os frigoríficos priorizam os frangos de corte para abate, e as poedeiras disponíveis acabam ficando em segundo plano", disse.
Na média parcial para o mês de setembro, houve um aumento de 1,3% no preço da caixa com 30 dúzias de ovos brancos (referência Bastos-SP), devido às altas pontuais ocorridas no início do mês. No mesmo período, a valorização dos princiipais insumos para alimentação das aves teve avanço muito maior: a saca de 60kg de milho subiu 4,4%, e a tonelada do farelo de soja, 7%, renovando recordes nominais.
Segundo a pesquisadora, não há previsão de que haja ainda este mês alguma mudança que deva reverter o quadro baixista para o mercado de ovos em setembro. "Talvez em outubro haja alguma melhora, caso os preços das carnes continuem subindo vertiginosamente, mas isso ainda não garante que o mercado de ovos vá ter melhora expressiva".
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