Alojamentos de pintos de corte em julho chegam a expressivas 590 mi de aves; agosto e setembro devem ter números menores

Publicado em 15/09/2020 16:19
José Paulo Meirelles Kors - Presidente da Apinco
Quantidade de aves alojadas em julho superou em 30 milhões o que era esperado, e segundo liderança no setor, a produção superior de frango foi bem escoada no mercado

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Entrevista com José Paulo Meirelles Kors - Presidente da Apinco sovre a Produção de Pintos de Cortes

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Se em julho a Associação Brasileira de Produtores de Pintos de Corte (Apinco) esperava um alojamento de 560 milhões de aves para o mês, os dados consolidados apontaram para pouco mais de 590 milhões de cabeças, conforme explica o presidente da entidade, José Paulo Meirelles Kors. Segundo ele, o aumento foi uma surpresa, mas a alta não deve se repetir em agosto (os números ainda estão sendo contabilizados) e setembro. O aumento nos alojamentos em julho chegou perto dos números mais altos registrados pela Apinco.

Apesar do aumento inesperado nos alojamentos em julho, as aves - que já se tornaram frangos e foram abatidas - tiveram bom escoamento no mercado, de acordo com Kors. Ele explica que isso se deve à alta competitividade da proteína avícola frente à carne suína e bovina, mesmo que as exportações de frango não estejam deslanchando. 

"Depois desse aumento, acredito que agosto deva fechar em torno de 570 milhões de aves alojadas, e setembro com número semelhante", disse. Esse arrefecimento, na opinião de Kors, é resultado dos altos custos de produção e de um "pé no freio" por parte do produtor para observar como o mercado para a proteína avícola deve se comportar. 

O presidente da Apinco afirma que os custos de produção estão assustando os avicultores, e é o fator que mais motiva essa redução nbos alojamentos. "Em junho, a tonelada da ração estava em torno de R$ 1.390, passou para R$ 1.400 em julho e saltou R$ 1.640 no mês seguinte. Até o fim do ano, não há perspectiva de que os preços do milho e do farelo de soja devam baixar".

Aos avicultores, Kors aconselha que foquem nos resultados zootécnicos das aves, engordando mais sem o uso de hormônios e com menor consumo de ração.

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Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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