Ajuste na produção de frango no RS equaliza oferta X demanda, mas custos de produção pressionam o setor

Publicado em 10/08/2020 15:50
José Eduardo dos Santos - Dir. Executivo - ASGAV
De acordo com o presidente da Asgav, a expectativa é de que os avicultores continuem analisando o andamento do mercado e só voltem a ampliar a produção com a reabertura da economia

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Entrevista com José Eduardo dos Santos - Dir. Executivo - ASGAV sobre o Mercado do Frango

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Ainda que a população brasileira esteja privilegiando nas compras a proteína avícola, mais competitiva que a bovina e a suína, a demanda pelo produto ainda está menor do que o normal, devido ao fechamento de escolas, rede hoteleira, d eeventos e a cadeia de foodservice pela pandemia da Covid-19. Em função disso, segundo José Eduardo dos Santos, diretor-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), a produção de frango no Rio Grande do Sul diminuiu de 12% a 15% em julho para se adequar à demanda. 

Ele explica que esse ajuste também tem a ver com os custos de produção em patamares altos, principalmente puxados pelo preço do farelo de soja. No primeiro semestre, o Rio Grande do Sul sofreu com uma severa estiagem que gerou uma quebra em torno de 40% da safra da oleaginosa, de acordo com Santos. 

A redução na produção, somada à preferência da população pela carne de frango fez os preços subirem no último mês em torno de 4% a 5%, de acordo com o diretor-executivo da Asgav.

"Hoje o frango congelado está no atacado em torno de R$ 5,30/kg, enquanto a ave viva está cotada em R$ 3,30, R$ 3,40/kg. Apesar disso, os custos de produção acompanham o aumento", disse. 

Segundo Santos, os custos de produção elevados estão sendo repassados a conta-gotas nos preços de venda, para que a população não deixe de consumir o produto.

A expectativa para o mês de agosto é de que os preços se mantenham sustentados ou com possibilidade de aumento, já que em várias regiões do país está havendo flexibilização no comércio. As exportações também devem melhorar, de acordo com ele.

Entretanto, com a atratividade de exportação para a soja e milho brasileiros, o avicultor ainda deverá passar os próximos meses pagando caro pelos insumos, com exceção àqueles que fizeram estoques quando os preços estavam melhores.

 

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Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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