Avicultura deve continuar recuperando preços no começo de 2020
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Entrevista com José Antonio Ribas Jr - Presidente ACAV - Ass. Catarinense de Avicultura sobre o Mercado do Frango
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O mercado de frango deve continuar neste começo de ano seguindo a mesma toada do segundo semestre de 2019, mostrando recuperação do setor, segundo o presidente da Associação Catarinense de Avicultura (Acav), José Antônio Ribas Júnior.
De acordo com ele, mesmo com o acúmulo de altas nos custos de produção em 2019, conforme informado pela Embrapa, o avicultor ainda conseguiu preços pagos pelo produto que sustentassem estes custos e ainda obtiveram uma margem de lucro satisfatória.
"Mesmo que a margem de lucro não tenha sido o que o mercado esperava, hpouve uma recuperação, após um 2017 e 2018 desafiadores. Esse viés de recuperação deve se manter e a expectativa para 2020 é boa", afirma.
Segundo ele, mesmo o mês de janeiro sendo mais difícil para o mercado e as cotações ainda com movimentações lentas, este ano o mês tem mostrado valores melhores para o produtor do que o mesmo período em 2019.
Para José Antônio, ainda é cedo para falar em escassez de grãos, mas ainda assim é preciso que haja uma parceira entre a indústria e toda a cadeia produtiva de campo para que haja uma contenção nos custos e a produção brasileira não perca a competitividade.
"Atualmente nós temos países na Europa oriental produzindo frango a custos muito semelhantes ao nosso, então precisamos manter estes patamares pata continuarmos tendo a abertuda nos mercados como temos hoje", disse.
De acordo com o presidente da Acav, a expectativa é que a economia do Brasil continue dando sinais de recuperação, aumentando o poder aquisitivo das famílias e, assim, ampliando a demanda interna, responsável por boa parte do consumo da produção nacional.
Em relação ao mercado externo, ainda que a China tenha começado a retomar seu lugar de destaque na produção de frango, ainda há uma grande lacuna em matéria de proteína animal no país, o que irá continuar demandando a importação, colocando o Brasil como um grande fornecedor.
"Precisamos manter esse patamar de qualidade e sanidade nos nossos produtos para aumentar ainda mais o espaço que temos nos países que já importam de nós e conquistar ainda mais mercados", explica.
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