Excedente de suínos, por demanda interna e externa lenta, derruba preços e desanima setor no melhor período do ano
O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivânio Luiz de Lorenzi, destaca que a expectativa era de um momento positivo para o mercado de suínos nos meses de setembro e outubro, mas este fator não ocorreu. O estado enfrenta uma estabilidade no preço pago para os integrados e quedas semanais de preço para os integrados, "inviabilizando a produção de suínos".
Os meses de janeiro e fevereiro são conhecidos por estabilizar o mercado ou sinalizar uma queda. Lorenzi conta que era aguardado um lucro neste final de ano para que os produtores pudessem trabalhar tranquilos no início do ano, o que não ocorreu.
Segundo o presidente, a queda foi motivada com um excesso de produção, principalmente porque as empresas aumentaram em 10% o abate de suínos, mas, da parte dos consumidores, o mercado não teve êxito.
Ele também destaca que as exportações não são parâmetro para a melhora de preços dos produtores, até porque as empresas perderam lucratividade em reais. "O Brasil cresceu na produção e perdeu na exportação", disse.
Durante os meses de março a novembro, os suinocultores encontraram preços mais estáveis de milho e do farelo de soja, o que fez com que o ano só não fechasse em vermelho em função dos custos de produção.
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