Regularização da oferta de milho pode ocorrer nos próximos 60 dias e suspensão de PIS/COFINS na importação do cereal daria fôlego ao setor
Responsável por 70 a 80% da composição da ração animal, o milho tem trazido preocupação para os produtores de aves. O recorde nas exportações de milho em 2015 reduziu os estoques do grão para o atual período de entressafra. A demanda interna chegou e os preços já dispararam mais de 70%. Em uma reação em cadeia, o custo da alimentação animal subiu e se tornou o principal entrave do setor.
Embora a avicultura venha alcançando bons resultados neste ano, com exportações registrando em março o segundo melhor resultado mensal acompanhado pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) - 403,4 mil toneladas de produtos in natura, salgados, embutidos e processados - a dificuldade de repassar as altas no preço interno aperta a margem dos produtores.
"Embora as outras proteínas estejam em preços mais elevados, nos não conseguimos repassar a alta nos custos em função da situação econômica que atravessa o país", explica o presidente do Sindiavipar (Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná), Domingos Martins.
Segundo ele, as empresas que tem menos de 30% de suas atividades destinadas as exportações já amargam prejuízos. Para as demais, as vendas externas ainda dão suportes para que as margens continuem positivas.
A alta do preço do milho no comércio brasileiro e a diminuição dos estoques públicos nas regiões consumidoras impulsionaram as cadeias produtivas a discutir medidas emergenciais para abastecer o mercado com preços acessíveis e, assim, reduzir prejuízos.
Neste sentido, o Ministério da Agricultura enviou ao Ministério da Fazenda proposta de isenção do PIS/COFINS para a importação do grão, o que representaria um impacto positivo de 1,7% a 2% nos custos de produção.
"Esse fator ainda é viável porque tira a pressão sobre o setor. Mas, é difícil entender como o governo não se atentou para os grandes volumes das exportações. É meio estranho irmos buscar no vizinho, sendo que tínhamos aqui", ressalta Martins.
Outro fator que poderá aliviar o setor avícola do país é o ingresso da safrinha, que segundo o presidente, deve começar a chegar ao mercado nos próximos 60 dias.
3 comentários
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CESAR AUGUSTO SCHMITT Maringá - PR
De novo vemos setores procurando soluções mirabolantes. Uma redução de impostos de PIS/CONFINS não cobre o aumento do custo de frete, considerando-se que pretendem buscar milho Argentino.... O avicultor tem que se preocupar com sua estrutura logística, de armazenagem, de montar seus estoques na safra, e não querer comprar barato na entressafra, e ainda querer utilizar a estrutura do agricultor para armazenagem. Daqui a pouco vão correr ao governo pedindo subsídios e aí vão aprender uma amarga lição: Subsidio na alta, imposto na baixa.
Se as previsões climáticas se concretizarem, vai demorar mais de ano para normalizar a oferta de milho. As lavouras já estão sentindo o forte calor e a umidade do solo já acabou. Os idiotas que consomem milho e adotaram a estratégia de montadora japonesa de comprar "da mão para a boca", agora vão pegar o dedo desta mão e rasgar. Uma hora caem do cavalo.
É isso ai Marcelo, essas pseudo "autoridades" fazem as cagadas e pensam que é fácil limpar, mas não vai ser. A tentativa de importar da Argentina já fracassou, devido ao real desvalorizado, pois para importar barato é preciso moeda forte e negociar com paises de moeda fraca.
Cácio Ribeiro de Paula Bela Vista de Goiás - GO
MILHO -- Muito facil transferir a culpa para o governo, nao Sr. Martins? Mais estranho que o governo nao atentar para o fluxo das exportacoes foi o parque consumidor ver o milho sair e tambem nao fazer nada!!
Quem, nesse caso, será menos competente?CACIO no seu raciocinio fica claro que o governo deveria proibir a exportaçao para favorecer os consumidores nacionais----MERCADO E" MERCADO E TEM QUE SER LIVRE---Se voce precisa de milho plante-----
Se o produtor precisa segurar estoque e como fazer psra pagar os custos sem garantia de preços melhores
Dalzir Vitoria Uberlândia - MG
Eu não entendo esta FRENTE dos grandes consumidores de milho... Há 4 meses tinha milho no mercado pela metade do preço... (e milho a rodo, em linguagem popular)... e eles fizeram o que???!!!! compraram milho da mão pra boca, deixando o custo dos estoques e financeiros no lombo do produtor... diante disso, seus executivos fizeram o que??!!!!! suas diretorias de suprimentos estavam onde?? comendo mosca!!!! até parecem um antigo diretor financeiro de uma agroindustria que dormia com documentos em sua mesa!!!!! agora estamos importando milho que entra no País por R$ 45,00 o saco... e exportando milho a R$ 32,00 por saco... e ainda querem botar no lombo do produtor de milho!!!!!
O produtor de milho sempre foi explorado pelos grandes consumidores, por isto a produção não evoluiu como devia... agora que descobriram o caminho dos excedentes fica mais facil produzir... e as vice-presidencias de suprimentos e produção tem que melhorar a qualidade comercial de suas equipes para saber a hora de comprar... pois tenho visto um monte de experts em fazer planilhas mas que não passam de um bando de incompetentes nas hora de avaliar o mercado... ACORDEM... ora, se tem milho saindo a 32,00 e entrando a 45,00 que recomprem a 40,00... e não deixem sair outra vez... e, PAREM DE BOTAR NO LOMBO DO PRODUTOR DE MILHO... sejam mais profissionais e menos amadores... pois o lucro com milho a preço baixo saiu em seus balanços..... e parem de querer dividir com a sociedade o prejuizo por estrategia equivocada... via redução de impostos.Vero sr Dalzir,estes integradores sempre dormiram no galpao dos colonos . Agora vao ter que aprender a operar o mercado.
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Na materia acima me refiro a um chines que foi vicepresidente financeiro de uma das maiores agroindustrias do país...a fera era tão eficaz que em uma oportunidade dormiu com documentos de veículos em sua mesa e gerou multas de quase 100.000,00..isto na década de 90...
Esse china, por acaso, era o presidente da Abitrim, moageiros de trigo. Se for, essa praga ainda anda por aí.
Deveria ter uma maneira de atender produtor e consumidores menos dolorosas, agora os consumidores estão amargando e o governo não tem estoque para fazer o famoso - VEP ou mesmo a Venda normal . Guando o preço do milho despenca ai o governo precisa garantir o minimo . para salvar a produção. dificil de acertar.
MILHO AQUI NO OESTE CATARINENSE NINGUÉM MAIS PLANTA. CHEGA NA HORA DA COLEITA O VALOR OFERTADA É R$ 22,00 A SACA. QUANDO VAI ENTREGAR O PRODUTO, PODE ESTAR TORRADO DE SECO, DESCONTÃO UM ABSURDO DO PRODUTOR. PODE IR A R$ 50,00 QUE NINGUÉM MAIS PLANTA!!!!!!