É hora de plantar feijão, tem um vazio de oferta projetado para o Brasil e o mundo, afirma Ibrafe
O momento atual para o mercado de feijão é favorável, com bons preços inclusive para as variedades comerciais, e o presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), Marcelo Lüders, afirma que a situação é favorável para o plantio de feijão.
De acordo com ele, feijão preto, rajado, vermelho, mungo, as variedades exportáveis, devem se valorizar ainda mais, já que ao longo do próximo ano, a demanda deve ser forte.
"O mercado vai ter demandas para exportação, os países têm estoques estratégicos que precisam ser repostos, e muitos vão esconder o jogo, como a China está afzendo, dizendo que está tudo bem", disse.
Neste momento, segundo Lüders, o importante é plantar e comentar com exportadores, corretores, para poder negociar o produto mais à frente, já que neste momento de incerteza, os exportadores estão reticentes em assumir contratos volumosos.
No mercado interno, entre a semana retrasada e passada houve uma corrida dos consumidores aos supermercados para estocar produtos durante o período de isolamento social. Isso reduziu estoque no varejo, que buscou produto junto aos empacotadores que, por sua vez, compraram dos produtores, o que antecipou a alta dos preços, que era prevista para abril.
"Já tinha pouco feijão, o déficit era previsto para março, e por causa dessa corrida, o carioca subiu para R$ 340, R$ 350 a saca de feijão da melhor qualidade. Essa semana foi negociado em torno de R$ 310, R$ 320, mas produto com nota 8,5 para 9".
Segundo o predisente do Ibrafe, esta semana o feijão carioca continuou apresentando boa demanda e bons preços, mesmo para feijões de Minas Gerais e Goiás, que foram afetados pela chuva.
"Esse feijão valeria R$ 150, R$ 160 a saca, e chegou a ser vendido entre R$ 240 a R$ 270, dependendo dos defeitos. A demanda está continuada", disse.
O feijão preto também teve valorização, chegando a ser negociado nesta semana a R$ 230 a saca, assim como o caupi, vendido a R$ 250 a saca no Mato Grosso e R$ 280 posto nordeste, quando normalmente teria o preço de R$ 60 a R$ 70 no Mato Grosso. "Essa valorização ocorreu porque o carioca bateu a casa dos R$ 300".
0 comentário
Ibrafe: Acordo do Gergelim abre caminho para o Feijão com a China
Arroz/Cepea: Preços são os menores em seis meses
Arroz de terras altas se torna opção atrativa de 2ª safra entre produtores do norte de Mato Grosso
Ibrafe: Feijão-carioca por um fio
Arroz de terras altas se torna opção atrativa de 2ª safra entre produtores do norte de Mato Grosso
Com mercado aquecido, empresa brasileira exporta mais 500 toneladas de feijões especiais