Preço do feijão carioca tem nova alta com comercialização travada em MG após operação contra sonegação e oferta compassada em SP
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Entrevista com Marcelo Eduardo Lüders - Presidente do IBRAFE sobre o Mercado do Feijão
DownloadA Receita Federal em conjunto com a Receita Estadual, Ministério Público Estadual e Polícias Militar e Civil de Minas Gerais deflagraram a Operação Ceres para atuar no combate à sonegação de impostos no comércio de grãos do estado. As repercussões dessas investigações levaram uma diminuição do mercado de feijão na região.
“Não se sabe ainda o quanto isso vai atingir os produtores, mas o mercado em si sofreu com esse fato. O produtor vende sua produção para um agente de compras que indica para quem deve ser feira a nota fiscal e essas empresas acabam, as vez, não recolhendo todos os impostos. O produtor não tem como saber exatamente o que acontece lá no final, até porque não há vantagem nenhuma do produtor ter atuado nessa rede. Está todo mundo focado em dar as devidas atenções aos agentes públicos fornecendo todas as informações necessárias e os negócios ficam um pouco de lado”, diz Marcelo Eduardo Lüders, presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe).
Esse cenário em Minas Gerais faz com que o preço da saca de feijão carioca gire em torno de 170/180 reais em praças como São Paulo e deixa no ar a expectativa de ainda mais valorização devido ao aumento da procura pelo produto. “A maior parte da alta já aconteceu, mas temos a possibilidade de ainda poder acontecer alguma alta. Então fala-se que o mercado pode chegar a R$ 200,00 com mais alguns percalços no caminho, quando se tem um pouco mais de chuva atrapalha a colheita do Paraná por exemplo. Como a maior quantidade da safra vai acontecer em janeiro, o preço pode recuar a partir de lá, mas nesse meio tempo o produtor está ganhando e deve ir vendendo antes que chegue essa baixa”, opina Lüders.
Com esse cenário positivo para o mercado do feijão, as atenções dos produtores já podem ir ao poucos mudando para a safrinha, que será plantada no mês de fevereiro. O presidente do Ibrafe aponta algumas opções para o produtor trabalhar neste momento. “Minas Gerais e Goiás já um histórico de desenvolvimento do feijão mungo, assim como Bahia e Mato Grosso, que é plantado já com o contrato acertado entre 50 e 60% do valor fixo e essa é uma dica legal para a safrinha que será plantada no final de fevereiro. É interessante que, na medida do possível, vão tomando mais conhecimento do grão de bico que ainda vai ser uma cultura muito importante do Brasil, na medida que vamos diminuindo nossa dependência das importações. Tudo indica também que o ano que vem será de melhores preços para os feijões caupi, tumucumaque, nova era e o imponente, que são feijões da Embrapa que são plantados no mês de fevereiro”.
1 comentário
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jakson scherer Unai - MG
De que adianta feijão agora ir a R$ 200 ou R$ 300??!!..., a maioria dos produtores não tem mais, já venderam..., agora que não tem tanto feijão assim, querem pagar mais..., hehehehe... acho engraçado né , no Brasil é sempre assim alguns sempre ganham com a desorganização com a bagunça..., ué, mas não tinha muito feijão não tinha mais feijão que a oferta, até alguns dias atrás na hora de vender feijão todos falavam que feijão estava sobrando , pisaram na garganta do produtor até a última né , agora que quase não tem feijão mais querem valorizar , um produto que todos sabem que o consumo e grande no mercado interno , as vezes falta e boa fé e ética no setor , mas estamos no Brasil né , alguns lucram mais na bagunça que na organização do setor , sonho com o dia que o produtor de feijão vai ser agraciado com alguma organização do setor , deixando de plantar áreas excedentes e organizado a plantar somente o que vamos consumir para não sobrar , mas como sempre falo no Brasil que lucra mais com a bagunça do que com a organização , um exemplo são essas empresas , de nota fria , e ainda querem colocar a culpa no produtor mais uma vez dizer que ele faz parte da bagunça , meu amigo eu como produtor de feijão posso falar , eu não tenho a capacidade ou o poder de fiscalizar se a empresa A ou B é de nota fria , já que tenho que plantar , rezar pra chover na hora certa, fazer os tratos e aplicações necessárias e rezar para não chover na colheita e assim ainda depender de fiscalizar se a empresa A ou B que se encontra funcionando e autorizada pelo estado a funcionar, o produtor que não leva vantagem alguma de fazer parte de um esquema desse , mas a mídia vai cair matando em cima dele né , já que no Brasil é assim , só tiram de quem produz , já ouviu aquele ditado , só toma pedrada árvore que dá frutos , pois é , o produtor é essa árvore aí , que o estado brasileiro todos os dias ve formas de multar , colocar ele em organizações criminosas , parabéns ao estado que desse jeito vai cada vez mais desestimulando o plantio , quero ver quando não tiver feijão de novo que ele for para 400, 500 reais o saco , aí mais uma vez vão querer colocar a culpa no produtor ... ainda tem o cabimento de falar que o produtor é muito mercenário, que ele poderia vender mais barato !!!!! Mas vamos esperar pois o Brasil vai mudar. Bolsonaro vai ajudar a tirar os aproveitadores , os enganadores , quem sabe assim um dia poderíamos plantar feijão e vender como a soja que se faz contrato antes mesmo de plantar , já pensou , um setor organizado que plantaria aquilo que consome e não teria excedente , sobra de oferta , um mercado organizado em todas as cadeias , vamos sonhar né , nesse tempo que nos sobra ainda podemos sonhar , mas fiscalizar empresa pra vender feijão, a isso não cabe ao produtor e sim ao estado que com tanta burocracia não consegue fiscalizar, imagina o produtor que precisa vender para quem pagar e cobrir os custos de produção, muitas vezes ele até vende para uma empresa dessa abaixo do custo de produção , não ganha nada com isso , e ainda querem colocar a conta no produtor , se o estado não tem estrutura para fiscalizar essas empresas ,e muitas estão autorizadas pelo estado a estarem abertas , como o produtor rural vai ter ??? Fica essa pergunta !!!!!
Olá Jakson, concordo com você, é necessário trazer mais segurança para os produtores que arriscam com plantio. Para isso precisamos unir cada vez mais "cabeças" com a sua que percebem o que podemos e precisamos fazer.