Retração nas vendas, com produtores insatisfeitos com preços, obriga compradores a ofertarem valores maiores pelo feijão
Marcelo Lüders, presidente do Instituto Brasileiro do Feijão (IBRAFE), destaca, nesta sexta-feira (9), que o volume de vendas para o mercado do feijão foi menor no início da semana, com uma mudança de rumo nessa reta final. "Os produtores passaram a não aceitar ofertas abaixo de R$100", conta Lüders.
Hoje, alguns negócios a R$105 já começaram a ser registrados. O pico da safra acabou, com 95% a 97% das áreas colhidas até então. Isso diminui a ansiedade dos produtores em vender, avalia o presidente.
O aumento da oferta deve ocorrer apenas ao longo do mês de abril. Enquanto isso não se concretiza, o período deve ser mais interessante para os produtores.
Apenas para atender a necessidade de estocagem ao longo da cadeia, seriam necessárias um milhão de sacas. Desta forma, enquanto não houver a segunda safra, a posição dos produtores passa a ser mais confortável.
Em geral, deverá haver mais feijão carioca plantado na segunda safra, mas não será um volume expressivo, como foi cogitado. A orientação de Lüders neste momento é para que os produtores "caprichem na qualidade do produto".
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