Venda do feijão de menor qualidade ocupa espaço no mercado e limita evolução nos preços de produtos melhores

Nesta semana, houve um bom volume de feijão carioca negociado. Contudo, há um grande percentual de produtos com defeito dentro deste volume, como grãos brotados e manchados, que acabam sendo vendidos na faixa entre R$60 a R$80 a saca, como informa Marcelo Lüders, presidente do Instituto Brasileiro do Feijão (IBRAFE).

Nos produtos de melhor qualidade, os produtores tentam elevar os preços de R$105 para R$110. Porém, a maioria dos compradores não aceitou, com alguns tentando oferecer R$100.

Os supermercados, por sua vez, pressionam os compradores para receber o produto no menor preço possível, mas não olham para o que há dentro do pacote, como observa Lüders. Desta forma, as marcas tradicionais não aceitam estes produtos de qualidade inferior, enquanto aquelas marcas que querem participar do mercado aceitam essas ofertas menores.

Não há dúvidas, como atesta o presidente, de que o mercado continuará sofrendo pressão dos feijões de menor qualidade, provenientes principalmente da safra do Paraná, que fora afetada pelas chuvas, pelo menos até o Carnaval.

Frente a este momento, Lüders aponta que os produtores podem esperar mais um pouco e conduzir a comercialização com calma por agora.

Dia Global dos Pulses

Lüders convida a todos os produtores e também a população em geral para participar do Dia Global dos Pulses, que ocorre em 10 de fevereiro. É só postar uma foto em suas redes sociais consumindo feijão, lentilha, grão de bico, ervilha e outros pulses com a hashtag #amofeijão ou #lovepulses.