Feijão biofortificado do IAPAR tem maior teor de proteína, além de mais ferro e zinco comparado às variedades tradicionais
O Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) vem trabalhando em pesquisas a fim de aumentar o teor de proteína e sais minerais no feijão a partir de variedades biofortificadas. Segundo a pesquisadora Vânia Moda Cirino, que trabalha no Instituto, as pesquisas vêm sendo desenvolvidas desde 2003 e 2004, visando atender as populações que não têm acesso aos produtos industrializados fortificados.
Além de se atentar para as qualidades nutricionais, a pesquisa também visa priorizar um bom desempenho agronômico e um bom desempenho culinário. Assim, a fortificação já vem na própria constitutição genética do feijão.
Em 2016, o IAPAR lançou a variedade IPR Quero Quero, que já está a venda para os produtores de semente parceiros. Essa semente apresenta um teor de ferro 50% maior do que as demais, de 9mg para cada 100g. A semente também conta com um setor de zinco de 4mg para cada 100g e um teor de proteína em torno de 25%.
Essa semente, que é uma variedade de feijão carioca, cozinha em apenas 19 minutos e, no campo, apresenta um rendimento em torno de 4527kg por hectare.
Os objetivos do Instituto, agora, envolvem ampliar este trabalho para outras variedades como o preto, o branco, o vermelho e os pintados, além de dobrar o teor de ferro, limite que vai sendo atendido por etapas, segundo Moda. Um dos principais desafios é a correlação do teor de proteína com a produtividade, já que o aumento desse teor implica, também, em uma menor produtividade.
Um próximo passo ainda é a produção de variedades com um maior teor de antioxidantes e fibras, visando transformar o alimento básico da mesa dos brasileiros em um promotor de saúde.
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